‘BBB18’ tem muito ‘papo cabeça’ e pouca diversão na casa
Há quem sinta saudade dos corpos sarados e do humor zombeteiro de outras edições
A Globo sempre foi acusada de escalar predominantemente pessoas incultas e fúteis para participar do ‘Big Brother Brasil’.
Ou de escolher pela aparência: homens malhados e mulheres curvilíneas e siliconadas no topo da preferência dos selecionadores.
Esta décima oitava edição privilegiou ‘gente que pensa’. Na casa, tem mais competidores a fim de uma ‘DR’ filosófica do que de exibir músculos e curvas.
O que se vê são longas conversas a respeito das táticas de jogo para vencer o reality show, além de curiosas análises comportamentais que fazem a casa do ‘BBB’ parecer o consultório de um psicólogo.
Até as ‘ficadas’ estão mornas. Não há muita empolgação para romance entre os participantes. Vários deles são comprometidos aqui fora.
Não se pode dizer que o ‘BBB18’ esteja monótono, com o marasmo visto em boa parte da edição anterior. Mas está longe, bem longe da animação registrada em outros anos.
Falta, essencialmente, bom humor aos dezesseis que permanecem confinados. Com exceção do sempre entusiasmado sírio Kaysar, o que se vê são pessoas introspectivas ou concentradas demais na disputa.
Sem barracos, bebedeiras e aventuras sob o edredom, os primeiros dezoito dias do programa transcorreram numa calmaria atípica.
Até os coléricos anti-‘BBB’ estão tranquilinhos, tranquilinhos.
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