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‘BBB 18’ tem lulista, bolsonarista, defensor de gays...

Reality show deve gerar debates sobre temas que agitam as redes sociais

22 jan 2018 - 14h34
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Hoje, para ser um grande sucesso, um programa de TV precisa mobilizar o ambiente virtual. O ‘clique a clique’ na internet (especialmente nas redes sociais) se tornou tão valioso quanto o ‘boca a boca’ nas ruas.

Gleici, Mahmoud e Ana Paula: o público quer competidores com opinião forte, sejam qual for
Gleici, Mahmoud e Ana Paula: o público quer competidores com opinião forte, sejam qual for
Foto: Divulgação/TV Globo / Sala de TV

Esta décima oitava edição do ‘Big Brother Brasil’, que começa hoje à noite na Globo, apresenta elementos para incendiar a web.

Assuntos capazes de suscitar desde discussões tolas até consistentes embates ideológicos poderão pautar as conversas na casa mais vigiada do País.

No elenco do ‘BBB18’ há defensor das ideias conservadoras do presidenciável Jair Bolsonaro (o publicitário paulista Caruso), simpatizante do ex-presidente Lula (a estudante de Psicologia acreana Gleici), militante da diversidade sexual e dos direitos LGBT (o sexólogo Mahmoud, de Rondônia) e por aí segue...

Outros participantes declararam características igualmente incendiárias, como ser excessivamente disciplinador, achar-se irresistivelmente sedutor e ter mania de organização.

O experimento de zoológico humano do ‘Big Brasil Brasil’ tem elementos suficientes para se tornar um microcosmo do País atual, com a exibição dos mesmos radicalismos, intolerâncias e polêmicas vistos principalmente na internet.

Caso isso aconteça nas conversas (e brigas) entre os brothers, será positivo para o telespectador.

A TV possui a capacidade de mobilizar milhões de pessoas para um debate de ideias – e essa discussão, ainda que não tenha um vencedor, sempre gera esclarecimento.

O formato do reality show baseia-se na superficialidade. O que a maioria do público quer ver é sexo sob o edredom, guerra de nervos, corpos esbeltos à mostra e humor escrachado.

Contudo, temas inevitáveis do Brasil atual, como posicionamento político (direita versus esquerda) e diversidade sexual (incontáveis orientações além da heterossexualidade), poderão fazer do ‘BBB’ uma terapia coletiva entre os competidores, com a participação remota do público.

Tomara que a produção e a edição saibam explorar essas possibilidades para esquentar o jogo e não permitir que nenhum competidor fique apático ou se omita.

Quem dá a cara a tapa e assume o que pensa tem mais chance de conquistar apoiadores e ganhar visibilidade na imprensa.

Os que ficam em cima do muro costumam ser poupados nos paredões, mas nunca ganham a competição.

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