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Processo contra Harvard joga luz sobre uso de raça em admissões em faculdades

12 out 2018 - 13h30
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Um processo que questiona o uso de raça como fator nas admissões em faculdades dos Estados Unidos será julgado em Boston na segunda-feira, quando a Universidade de Harvard enfrentará acusações de discriminação contra candidatos asiáticos do país.

O processo, apoiado pela administração de Donald Trump, pode eventualmente chegar à Suprema Corte, dando chance à maioria conservadora de cinco membros que foi recém consolidada de impedir o uso de ações afirmativas para ajudar os candidatos de minorias a entrar para a faculdade.

"O caso é extremamente importante, já que é realmente sobre a diversidade em faculdades em todo o país", disse Nicole Gon Ochi, advogada da Asian Americans Advancing Justice-Los Angeles, que apóia Harvard no caso.

Os estudantes da Fair Admissions (SFFA), fundada pelo ativista contra ações afirmativas Edward Blum, processaram Harvard em 2014, alegando que a instituição se envolvia ilegalmente num "balanceamento racial" que artificialmente limitava o número de estudantes asiático-americanos na universidade que integra a Ivy League.

O Departamento de Justiça dos EUA, que lançou uma investigação relacionada a Harvard após a eleição do presidente republicano Donald Trump, apoiou o grupo, dizendo que a Universidade de Cambridge, em Massachusetts, não considerou seriamente abordagens alternativas e neutras em relação à raça.

Os conservadores argumentam que a ação afirmativa, que visa compensar os padrões históricos de discriminação racial, pode prejudicar os brancos e os asiático-americanos, ao mesmo tempo que ajuda os candidatos negros e hispânicos.

A SFFA disse que sua análise dos dados das admissões em Harvard mostra que os candidatos asiático-americanos são menos propensos a serem admitidos do que seus colegas brancos, hispânicos ou negros.

Harvard nega ter discriminado asiático-americanos, dizendo que suas taxas de admissão cresceram significativamente desde 2010. Os asiático-americanos, que representam cerca de 6 por cento da população dos EUA, respondem por 23 por cento das atuais turmas de calouros de Harvard.

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