A décima edição do Planeta Atlântida foi marcada pela tranqüilidade e pelo recorde absoluto de público. As 102 mil pessoas que freqüentaram a sede da Saba nestes dois dias puderam ouvir música nos mais variados estilos, escolhendo entre os 20 shows do palco principal, os 11 no Planeta Café e as outras tantas atrações espalhadas pelos Planetas temáticos. A quase inexistência de incidentes graves, de segurança ou atendimento médico, combinou com o clima de solidariedade expresso nas homenagens de quase todas as bandas a Herbert Vianna e a Marcelo Yuka. Somados à alegria e dos habitantes, deram o tom do maior Planeta de todos: paz e emoção.Tribos diferentes dividiram os mesmos espaços. O Planeta dançou com energia tanto o reggae do Natiruts ou da Tribo de Jah quanto a música mais calma de Zeca Baleiro e o som bem mais pesado dos Raimundos e Charlie Brown Jr. Não foram poucos os músicos a dizer que o público era educado, carinhoso e acolhedor. Mais de um afirmou querer voltar no próximo ano. Samuel Rosa, do Skank, vaticinou que iriam ser manchete dos jornais. Acertou o palpite. Carlinhos Brown ficou livre da "síndrome das garrafas": passeou pelo meio da platéia e a conquistou totalmente.
A galera cantou junto com Lulu Santos, Planet Hemp, Capital Inicial, Jota Quest, Ira!, Cidade Negra, e outros mais. Os Engenheiros do Hawaii apresentaram seu último show com a formação atual. Os gaúchos, aliás, fizeram bonito: o Planeta abriu com o som da Ultramen, começou o segundo dia com Kleiton & Kledir, teve o Nenhum de Nós como atração especial, o time vermelho do Papas da Língua e fechou com a festa no palco promovida pela Comunidade Nin-Jitsu. Ano que vem, tem mais.