Decididamente os festivais de rock não são mais os mesmos. Hoje em dia, o show que acontece nos palcos principais não é mais a única atração. No Rock In Rio eram as tendas Brasil e Raízes. No Planeta Atlântida, são os Planetas Temáticos. E o público gosta.

Andando pela Saba você pode ver que todos os temáticos têm grande movimento durante toda a noite. No Planeta Mistíco, milhares de pessoas consultaram os astros e os deuses para saber o futuro. Segundo Lisandra Alves, que joga cartas ciganas, as pessoas vêm procurar rock, mas sempre acham tempo para cuidar do lado espiritual.

Somente em sua tenda passaram mais de 600 pessoas, entre as que consultaram mesmo as cartas (cada consulta custa R$ 10,00) e aquelas que entraram para fazer apenas algumas perguntas.

E não é só o espiritual que tira as pessoas da frente do palco principal. No Planeta Forró centenas de pessoas dançam a música do Nordeste, seguindo a moda do Eu, Tu, Eles. Em outra tenda regionalista, a Gaudério Pop, os gaúchos encontram lugar para ver sua cultura renovada. O público também pode ir para o estande interativo da Hollywod, onde há três jogos com temas da Fórmula Indy, para a cidade coutry com um clima de velho oeste.

Mas o local mais animado entre as atrações paralelas é o Planeta África que, talvez pela proximidade do palco, está sempre lotado. O que não se explica com a teoria da "vizinhança" é a empolgação do público com os grupos de samba. Durante todo o show do Jota Quest, o espaço africano esteve cheio, com todo mundo dançando e aproveitando os acarajés e as batidas da Baiana.

Gabriela Escobar - direto do Planeta Atlântida

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