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DJ Camilo Rocha tocará músicas de seu CD, baseado em acid techno

Sexta, 09 de fevereiro de 2001, 20h11min

Danilo Fantinel/Redação Terra

Camilo Rocha é um dos nomes mais importantes da cena de música eletrônica no Brasil. Não apenas por ser DJ e produtor, mas também por ser um dos jornalistas com maior conhecimento sobre o assunto. Começou a tocar no final dos anos 80 em um dos primeiros clubes de São Paulo, o Nation, que concentrou a nata clubber da cidade e gerou filhos pródigos, como o Hell's.

Deu um tempo nas pick-ups para se dedicar ao jornalismo, chegando a colaborar para a revista inglesa Musik, quando morou em Londres, entre 1993 e 1996. De volta ao Brasil, foi um dos primeiros a promover raves. O set de Camilo gira em torno de hard trance, acid techno e hard house.

O DJ tocou na Tenda Eletro do Rock in Rio 3 e está no Rio Grande do Sul pela segunda vez. Lançou seu CD Rave Trip em 1999, no Fim de Século. O segundo disco, Rave Trip 2, de 2000, tem versões para músicas de Ian Void, Daz Saund, DAVE The Drummer (que apareceu em seis das 14 faixas), além da música Station, do projeto 2Freakz, uma parceria entre ele e o DJ Yah!. Saiba mais sobre o DJ na entrevista abaixo:

Como foi tocar na Tenda Eletro do Rock in Rio, que teve tanto sucesso que chegou a surpreender a própria organização do festival?

Eu não sabia o que esperar. Era o dia de Sandy & Jr. Acho que os irmãos mais velhos deixaram as crianças no show e foram para a tenda (risos). Mas foi muito impressionante. A tenda abriu várias portas, tanto para mim quanto para a cena eletrônica.

O fato de existir pistas de música eletrônica em festivais de rock significa que os organizadores se deram conta da importância dela? Ou serve apenas para passar uma idéia de universalidade musical?

Bom, isso na Europa acontece já há algum tempo, e acho que não tem como não se fazer isso. Hoje tem que ter música eletrônica nestes eventos porque muitas das bandas que tocam nos palcos principais mexem com ela. E o que é bom é que vários palcos dão várias opções. Se o cara cansou de um show é só caminhar e chegar em outro local.

Você prefere ser um DJ, um produtor de música ou um jornalista?

O que me norteia é a música. Sempre me interessou. Tanto para escrever quanto para ouvir. Mas tem dias que prefiro escrever, em outros prefiro tocar, ou mexer com música no computador. Mas não me considero melhor em uma ou outra atividade. Essas coisas me fazem lembrar que quando eu comecei com música, depois de ter trabalhado como jornalista, tive que provar que podia ser bom como DJ. Algumas pessoas pensavam que eu só queria aparecer...

Que tipo de som você ouve além de música eletrônica?

Tenho ouvido funk e disco dos anos 70 e 80, como Drafs Construction e Giorgio Moroder, que produzia a Donna Summer. Ouço muito rap, se bem que isso tem bases eletrônicas... e rock ouço raramente. Gosto de Love and Rockets.

O que você vai tocar no Planeta Atlântida?

Algo do Rave Trip 2, tech house, acid, techno, mas vai depender mesmo do momento e do público. Eu trouxe duas cases cheias de discos.

Como está a cena eletrônica em São Paulo? Qual o futuro da noite? São os grandes clubes, as megaraves ou os bares pequenos e alternativos?

O momento em São Paulo está fraco, mas tem opções, principalmente para quem é de fora. Mas está muito segmentado. São galeras do drum'n'bass, da house, do techno... Não há um lugar que concentre muita gente, a não ser eventos como o Skol Beats (o festival reuniu cerca de 20 mil pessoas no ano passado). Acho que São Paulo poderia ter um clube para três mil pessoas, com três pistas diferentes.

E no exterior? Existe alguma cidade ou região que concentre as tendências da música eletrônica atual?

Londres sempre concentra vários estilos, sempre será o centro. Nos Estados Unidos a coisa cresceu muito de um ano e meio para cá, com raves grandes em Kansas e Ohaio. As autoridades estão proibindo festas assim, inclusive. A produção na França está muito boa, estão exportando para todo o mundo.



Você acredita na qualidade da música eletrônica brasileira? Ela é mesmo reconhecida no exterior?

Alguns artistas são reconhecidos, como o Marky, o Patife e o Renato Cohen. Algumas revistas fazem matérias... a inglesa Mix Mag colou o Marky entre as 17 revelações do ano. Acho que as pessoas estão aprendendo mais, e existem novos softwares para se trabalhar. Mas tudo recém começou. A música brasileira é riquíssima, e as misturas com batidas eletrônicas estão sendo exploradas apenas agora.

As bandas e DJs tinham dificuldades para divulgar seu trabalho até a primeira metade dos anos 90. De 98 para cá, a situação mudou visivelmente. Daqui pra frente, quais são as maiores barreiras da música eletrônica brasileira?

Muitos veículos não reconhecem e não dão valor à música. A Zero Hora não deu destaque nenhum para a Rave que vai acontecer no Planeta Atlântida, nem tocou nos nomes dos DJs. Precisamos vencer esse desprezo e essa ignorância. Existe também um dilema sobre a popularização da música eletrônica. Todos querem vender, mas nem todos querem aparecer no Planeta Xuxa... Em todo o caso, a popularização é legal para que mais pessoas entrem em contato com a música.

Volta

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