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Médicos alemães afirmam que membro do Pussy Riot pode ter sido envenenado

Segundo os médicos, Pyotr Verzilov está fora de perigo, mas seu estado de saúde exige acompanhamento médico permanente.

18 set 2018 - 18h32
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Os médicos do Hospital Universitário da Charité, em Berlim (Alemanha), explicaram nesta terça-feira, 18, que é provável que o ativista Pyotr Verzilov - membro do grupo Pussy Riot - tenha sido envenenado.

O médico responsável pelo tratamento, Kai-Uwe Eckardt, explicou que Verzilov foi levado de Moscou para Berlim no sábado com sintomas de intoxicação. Esse diagnóstico já tinha sido dado pelos médicos da Rússia, que o atenderam e realizaram os procedimentos adequados, como lavagem intestinal e diálise.

"O quadro clínico e os relatórios dos médicos de Moscou apontavam para uma intoxicação séria", disse Eckardt nesta terça-feira, 18, em entrevista coletiva.

Os médicos ainda não descobriram qual substância provocou a intoxicação, mas disseram que os sintomas permitem determinar com certa segurança o grupo à qual pertence. Tanto Eckardt quanto o presidente do Conselho Diretor do Charité, Karl Max Einhäupl, indicaram que esse tipo de substância é encontrada em alguns remédios e plantas.

Conforme explicaram, para provocar tal reação a dose tomada deve ter sido muito grande, embora tenham ressaltado que só podem se pronunciar sobre aspectos médicos.

Pyotr Verzilov passou mal e foi internado na semana passada, depois de passar o dia acompanhando um amigo em um tribunal. No sábado, a pedido da família, ele foi transferido para Berlim.

Einhäupl explicou que o hospital relatou a chegada do membro do Pussy Riot ao governo alemão e à embaixada canadense - Verzilov é cidadão canadense - mas destacou que não há coordenação com eles.

"Digo isto porque quero deixar claro que não trabalhamos em nome do governo alemão", afirmou.

Segundo os médicos, Verzilov está fora de perigo, mas seu estado de saúde exige acompanhamento médico permanente.

Estadão
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