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Fenômeno Bruno Mars reluz no Rock in Rio Lisboa

Domingo foi o único dia de ingressos esgotados do festival, que continua no próximo fim de semana

24 jun 2018 - 22h52
(atualizado às 23h04)
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LISBOA - O fenômeno Bruno Mars fez lotar o Rock in Rio Lisboa neste domingo, 24, e justificadamente. Eletrizante e grandioso, com efeitos visuais e queima de fogos, o show do cantor havaiano fechou a noite no Parque da Bela Vista com todo o suingue e os sucessos que o público esperava: da balada "When I was your man", seu já tradicional momento piano-e-voz, à indefectível "Uptown funk", Bruno colocou 85 mil pessoas para cantar. Domingo foi o único dia de ingressos esgotados do festival trazido do Rio, e que continua no próximo fim de semana.

O público dançou para valer com ele em "Finesse", "24k", "That's what I like", "Marry you", "Locked out of heaven" e colou rostos em "Just the way you are". "Dedico essa música a cada um de vocês que está aqui", ele disse, agradecendo a entrega da plateia. Além do show mais concorrido, o jovem de ouro do pop e do r&b contemporâneo, intérprete caprichoso, dançarino inspirado e colecionador de Grammys, teve o coro mais potente destes primeiros dois dias de Rock in Rio Lisboa.

Como Roberto Medina, criador e presidente do festival, sempre repete, o Rock in Rio nunca deu palco apenas para roqueiros. Desde seu nascimento, em 1985, teve artistas ligados a outros gêneros musicais. Bruno foi a estrela do dia pop-funk, com a brasileira Anitta se apresentando mais cedo. Os rappers brasileiros Emicida e Rael também se apresentaram, mas no palco secundário, o Music Valley.

Pelo Palco Mundo, também passaram, antes e depois de Anitta, o português Agir e Demi Lovato. Com histórico de abuso de álcool, Demi apresentou pela primeira vez a autobiográfica "Sober", lançada esta semana, em que canta "mamãe, me desculpe, não estou mais sóbria" e "papai, por favor perdoe a bebida no chão". Ao piano, ela se emocionou, e o público a apoiou: "Demi, nós te amamos", gritaram.

Nascido em 2004, o Rock in Rio Lisboa tem quatro dias de shows. Na próxima semana, se apresentam nomes como The Chemical Brothers, The Killers, Ivete Sangalo e Katy Perry. Durante esta edição em Lisboa, a oitava (é realizado na capital portuguesa em anos pares, enquanto no Rio os anos são ímpares), Medina teve um encontro com indianos que querem levar o festival para Bombaim. Há ainda conversas avançadas para que a experiência do "parque temático da música", com brinquedos e lojas, seja replicada numa cidade alemã (ele não revela qual).

Em entrevista neste domingo, Medina disse se alegrar por ver a vibrante Lisboa de hoje, que contrasta com aquela que encontrou 14 anos atrás. "Isso aqui era um cemitério. As pessoas eram deprimidas. Agora Portugal está fantástico, o turismo passou de 10 milhões para 22 milhões de pessoas por ano", disse, lamentando o mesmo não acontecer no Brasil, um país 90 vezes maior, por falta, ao seu ver, de uma política pública eficiente para o setor.

*A repórter viajou a convite do festival.

Estadão
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