PUBLICIDADE

Com hits, Elton John transforma público de 40 mil em coral

23 fev 2014 - 10h09
Compartilhar
Exibir comentários
Elton John durante show em Salvador
Elton John durante show em Salvador
Foto: Genilson Coutinho / Divulgação

Um show morno, com alguns pontos de fervura. Assim foi a apresentação de Sir Elton John na Itaipava Arena Fonte Nova, em Salvador, na noite desse sábado (22), ao levar a turnê Follow The Yellow Brick Road para uma cidade ainda se acostumando com a vinda de grandes nomes internacionais. Apesar de ter sido um show irretocável e profissional, o cantor, compositor e pianista virtuose não conseguiu ter plena empatia e interação com o público, que, por sua vez, oscilou entre a frieza glacial e rompantes emocionais.

Foi tanto que Elton John fez modificações e adaptações no repertório da turnê, que foi concebida para homenagear os 40 anos da música Goodbye Yellow Brick Road. Entre elas, teve a inclusão de Skyline Pigeon, que não estava prevista e causou frisson, com aplausos de pé ao final. Ele optou também pela supressão de tantas outras, menos conhecidas, para emplacar seus sucessos radiofônicos fáceis e infalíveis. Mesmo dessa forma, em músicas como I’m Still Standing, Elton pedia para que o público cantasse junto, sem encontrar interlocução.

E a audiência de 40 mil pessoas, de acordo com a produção, encheu mas não lotou a Arena – havia clareiras nas cadeiras ao lado do palco, e também nas arquibancadas e na pista. Mas a apresentação teve pontos altos e momentos memoráveis, como quando o cantor inglês deu os primeiros acordes da emblemática Goodbye Yellow Brick Road, sem nenhum aviso prévio. Foi comoção geral e o fã-clube, que se sentou nas cadeiras em frente ao palco, levantou as bolas amarelas que levou para homenagear a execução. Entretanto, talvez Elton não tenha entendido a homenagem, pois nem fez referência ou, ao menos, agradeceu.

A partir desta reação, Elton John entendeu o que o público esperava dele e, imediatamente, colocou a indefectível Rocket Man. O povo aplaudiu de pé e ele retribuiu a gentileza, curvando-se e agradecendo em português. A partir daí a relação entre os baianos e o inglês começou a ficar mais amistosa, e ele passou a, perspicazmente, pular o repertório estabelecido e emendar seus hits um após o outro.

O que rendeu frutos, com lances de canto uníssono como em Nikita – outra agregada ao repertório baiano – e Sad Songs, que, por fim, colocou o show nos trilhos.

Perto do final, Don’t Let the Sun Go Down on Me transformou a plateia em um coral, que, de celulares em punho, iluminou a Arena. Mais aplausos de pé e Elton, em resposta, se levantou do piano e fez a mímica de abraçar a plateia.

Na última música antes do bis, Saturday Night’s Allright for Fighting, o cantor chamou o público a participar – que o respondeu sem muito entusiasmo –, e saiu do palco, para voltar com Your Song, a "música que, se eu não tocasse, a noite não seria a mesma", conforme afirmou em inglês antes de entoá-la. No bis, ainda havia Crocodile Rock, mas Elton John preferiu ficar por aí mesmo, em uma apresentação oscilante, mas que ele, educadamente, agradeceu em português, com um sonoro: "Obrigado!"

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade