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Andréa Brandão, intérprete das próprias criações, lança 'Bons Ventos' no Blue Note

Álbum de produção exuberante será mostrado em show único, em São Paulo, nesta quinta (30)

29 jun 2022 - 14h51
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Existe brilho no caminho escolhido agora pela cantora Andréa Brandão. Seu novo álbum, Bons Ventos, todo autoral, tem alguns dos melhores músicos em atividade e um título que condiz com seu repertório novo, fresco e criado pela própria cantora. A seu lado estão o violoncelista Jaques Morelenbaum, que expande a melodia embrenhando-se como raiz em árvore em Quisera Eu, forte mas sem se sobrepor; o acordeonista Toninho Ferragutti enternecendo a valsa Eterno Amanhecer; o violão suspirante do pernambucano Cainã Cavalcante acasalando-se em Bangalô; e o pianista Cristóvão Bastos dando os rumos de Infinito. E tem ainda Filó Machado, o grande baixista Carlinhos Noronha, o prodigioso pianista e produtor do álbum, Michel Limma, o baterista Cuca Teixeira (sua levada de vassourinhas em Bons Ventos é de se sentir na alma), o uruguaio Torrado Parra e Edu Santhana, amigo de Andréa desde seus tempos no coletivo Trovadores Urbanos.

As canções, como conta um texto sobre o álbum, foram escritas e musicadas por Andréa durante seu refúgio em uma residência na verde Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, ao lado de Filó Machado e Cristóvão Bastos, além de Parra e Santhana. Andrea é uma cantora visivelmente evoluída desde seu trabalho anterior, Três, de 2020, mas ainda experimentando pelos deleites do caminho. Ao conseguir avançar sobre algumas limitações que podem deixá-la na superfície ou impedi-la de dar às canções tudo o que elas pedem, Andrea pode chegar a belas timbragens, reluzentes e macias, como as que mostra em Infinito, mesmo com o pouco de vibrato que usa. Cantora de tudo o que compõe, ela coloca seu Bons Ventos no palco do Blue Note nesta quinta, 30, às 20h.

Estadão
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