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Manifestantes se fazem de mortos diante de pintura de guerra de Picasso em protesto contra cúpula da Otan

27 jun 2022 - 15h18
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Cerca de 30 ativistas antiguerra protestaram nesta segunda-feira diante da histórica pintura "Guernica", de Pablo Picasso, no Museu Reina Sofia, em Madri, horas antes do início de uma cúpula da Otan na capital espanhola.

Os manifestantes culpam a aliança militar por fomentar a guerra na Ucrânia e argumentam que "a segurança não é alcançada com mais armas", afirmaram os organizadores do protesto, "Extinction Rebellion" e "Fridays For Future", em uma declaração conjunta.

Em fotos e um vídeo postado nas mídias sociais, uma dúzia de ativistas puderam ser vistos deitados no chão, como cadáveres, em frente à obra-prima de Picasso sobre os horrores da guerra, inspirada pelo sangrento ataque aéreo à cidade de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola.

Alguns carregavam cartazes com as palavras: "A guerra é a morte das pessoas. A guerra é a morte da arte".

O protesto em um dos museus mais famosos da Europa durou cerca de 10 minutos antes de funcionários do museu retirarem os manifestantes, disseram os organizadores. O museu recusou-se a comentar quando contactado pela Reuters.

Os líderes dos países-membros da Otan devem visitar o museu e ver o quadro durante a cúpula de terça a quinta-feira, quando a organização discutirá o desafio da invasão russa da Ucrânia.

No domingo, milhares de pessoas protestaram nas ruas de Madri contra a cúpula.

Picasso pintou a famosa obra de arte depois que a Alemanha nazista enviou aviões à Espanha em apoio ao então ditador Francisco Franco para atacar a cidade basca em 26 de abril de 1937. O ataque matou cerca de 1.600 pessoas e feriu milhares.

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