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Turma da Mônica pode ganhar personagem LGBT+

'Vem vindo aí...estou esperando um pouquinho que esteja cada vez mais aceita a posição do gay', afirma Mauricio de Sousa

28 out 2021 - 09h25
(atualizado às 12h53)
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Nos últimos anos, Mauricio de Sousa tem apostado cada vez mais em personagens que representem a diversidade. O quadrinista não descarta a possibilidade de criar um personagem LGBT+ na Turma da Mônica.

"Vem vindo aí… Estou esperando um pouquinho que esteja cada vez mais aceita a posição do gay, principalmente. Estamos discutindo isso, sim. Estamos discutindo com os roteiristas, com o Mauro (filho), com o pessoal próximo da gente aí para que haja um personagem positivo. Em todos os sentidos", afirmou em entrevista à BBC News Brasil.

Mauricio de Sousa relata que a experiência pessoal com o filho o fez aprender muito sobre esse universo. "Eu tenho um filho, bem, que se assume (homossexual) e eu adoro meu filho. Ele cuida de uma parte tão importante [da empresa], que é a de shows e espetáculos. E dá um nó no pessoal que já tem mais idade e mais experiência", disse.

Mauro Sousa é diretor de espetáculos, parques e eventos da Mauricio de Sousa Produções. Em maio de 2019, Mauricio de Sousa publicou uma foto em que toma café com o filho e o marido dele."Em casa, com o filho Mauro, que inspirou o personagem Nimbus, e o companheiro dele, meu genro, Rafael", escreveu na legenda da foto.

Na entrevista, Mauricio de Sousa também contou como soube que o filho é homossexual. "Ele se abriu comigo também e nos entendemos muito bem, sempre. Com meus filhos eu me entendo sempre muito bem. Esse caso foi meio diferente mas também foi uma experiência muito interessante e agradável, porque é a porta da vida e da felicidade. Realização também", lembra.

Para o quadrinista, não pode haver barreiras para a felicidade. "Não pode haver obstáculos para sensações. É uma maneira, uma atitude, é uma palavra que me foge agora… De comportamento… Também não é comportamento, me foge a palavra. Mas de qualquer maneira, acho que todos nós temos o direito de viver o que nos é agradável, necessário e nos faz bem. Mas, principalmente, se faz bem para mais de um, é melhor ainda. Acho que foi uma experiência muito boa para mim também", concluiu.

Estadão
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