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'Estou me aposentando com o trabalho da música', diz Fábio de Melo

Padre anunciou que pretende parar de fazer shows ao fim de 2019: 'tenho pedido a Deus que me ajude, mas estou certo de que o meu tempo com a música já deu'

13 ago 2019 - 18h32
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O padre Fábio de Melo anunciou que, ao que tudo indica, 2019 será seu "último ano" trabalhando com música da forma com a qual está acostumado nos últimos tempos.

O religioso já vinha dando indícios de seus planos em parar com a carreira musical conforme tem hoje desde 10 de julho de 2019. Na ocasião, afirmou em seu programa, o Direção Espiritual: "Quero dizer que já estou me aposentando com o trabalho da música."

"Tudo indica que este será meu último ano fazendo este trabalho que eu faço de evangelização pela música. Tenho refletido muito, pedido muito a Deus que me ajude a decidir isso, mas estou muito certo de que o meu tempo com a música já deu", prosseguiu.

Na sequência, garantiu que não tem intenção de se afastar de sua religiosidade, e ainda cumprirá os shows marcados até o fim do ano: "Pretendo ficar em outras frentes de evangelização. Mas vamos trabalhar enquanto temos os compromissos marcados, né?"

Nesta terça-feira, 13, o E+ entrou em contato com a equipe do padre Fábio de Melo, que informou que "ainda não foi formalizado" o desejo do cantor em parar com sua carreira musical e seus shows a partir do ano que vem, mas "até segunda ordem", valem as informações ditas por Fábio de Melo em seu programa.

Próximos shows do padre Fábio de Melo

Conforme consta na agenda de seu site oficial, os próximos shows marcados do padre Fábio de Melo são os seguintes:

Tangará da Serra-MT - 17 de agosto, às 22h.

Maringá-PR - 30 de agosto, às 21h30.

Curitiba-PR - 31 de agosto, às 21h.

Florianópolis-SC - 1º de setembro, às 19h.

Niterói-RJ - 7 de setembro, às 20h.

Feira de Santana-BA - 19 de outubro, às 20h.

Fortaleza-CE - 16 de novembro, às 21h.

Belo Horizonte-MG - 14 de dezembro, às 20h30.

De acordo com comunicado divulgado em seu site oficial, o show que seria realizado na cidade de Abaeté, em Minas Gerais, em 24 de agosto, foi cancelado por "solicitação do contratante".

A saída do padre Fábio de Melo do Twitter

Conhecido por sua presença constante nas redes sociais, padre Fábio de Melo se viu envolvido em uma polêmica no Twitter e anunciou seu afastamento da rede social na última sexta-feira, 9, após ter feito críticas à 'saidinha' de Alexandre Nardoni da prisão. Alexandre foi condenado pela morte de sua filha, Isabella Nardoni, 5, em 2008.

O anúncio da "aposentadoria" da carreira musical, porém, foi feito antes do afastamento do padre Fábio de Melo do Twitter.

"Não entendo de leis, mas a 'saidinha' deveria ser permitida somente no dia de finados - para que visitassem os túmulos dos que eles mataram", escreveu Fábio de Melo ao comentar uma notícia sobre a 'saidinha' de Alexandre Nardoni.

O comentário dividiu opiniões. Enquanto parte dos seguidores apoiou a revolta do padre com a notícia, outros tantos criticaram o sacerdote. "Com uma opinião m*** dessas, nem precisava ter começado com 'não entendo de leis', ficou redundante", escreveu um seguidor.

No dia seguinte, o religioso anunciou sua saída da rede social: "Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável para mim".

"O Twitter sempre foi um lugar de encontro. A Ágora dos nossos tempos. O ponto de reuniões improváveis. Falei e fiquei amigo de quem não passaria na porta da minha igreja. Foi bom", prosseguiu.

Fábio de Melo fez questão de ressaltar que sua saída da rede social estava ligada à repercussão de seu comentário sobre Alexandre Nardoni da prisão: "Desde ontem, quanto expressei minha indignação sobre a 'saidinha', estou sendo acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis. Só reitero: já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade de ressocialização dos presos".

"Eu apenas salientei sobre a Justiça não ser capaz de preservar, para os que sofrem suas perdas, o simbolismo das datas, libertando os responsáveis pelas mortes de seus entes queridos. Só isso", concluiu. Leia mais sobre o caso aqui.

Estadão
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