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Simplicidade de Fall Guys é o que desafia e encanta o jogador

A graça do jogo da Mediatonic é que ele é simples, mas isso não significa que vencer é fácil

20 set 2020 - 05h11
(atualizado em 21/9/2020 às 13h22)
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Aprender a jogar Fall Guys não é exatamente difícil: com um botão, o boneco salta. Com outro, mergulha. O comando direcional faz o personagem ir para frente, para os lados e para trás. Nada muito diferente do que estamos acostumados há algumas décadas no mundo dos games.

As provas também são bastante intuitivas: é preciso pular de plataformas até chegar a um ponto final, não perder o equilíbrio e não cair na lama (uma gosma rosa que equivale a "game over") ou disputar provas em equipe - como um pega-pega ou uma partida de futebol com bolas gigantes. Nada que exija grandes raciocínios.

E é justamente aí que está a graça do jogo da Mediatonic: ele é simples, mas isso não significa que vencer é fácil. É preciso um bocado de sorte, um pouco de destreza e muita calma - afinal, são 60 jogadores disputando seu lugar ao sol nesse programa de TV fictício, em que vencer dá direito a fama, fantasias e moedinhas para customizar o personagem. (Caso alguém queira saber, meu boneco usa roupa de astronauta e tem uma cauda de dinossauro).

Se Sartre escreveu que "o inferno são os outros" para quem ficava trancado numa sala com poucas pessoas, imagino o que ele diria se seu personagem não conseguisse passar de fase por ser "amassado" por rivais em Fall Guys. É difícil não ser levado pela maré no jogo - mas aqui não há agressividade nem sangue. No máximo, a malandragem de uma brincadeira, como no bom e velho futebol de rua.

O problema é que qualquer detalhe pode fazer a diferença. Muitas vezes, depois de cair na lama, eu dei risada e pensei comigo mesmo: 'foi burrice, mas da próxima vez eu vou conseguir'. E é esse elemento que torna Fall Guys especial: com rodadas rápidas, é sempre possível começar uma nova partida. Com o tempo, não é difícil pegar a manha de algumas fases. Já outras, só de surgirem na tela trazem à memória aquela piada de quem vê a casca de banana na rua e sabe que vai escorregar. Mas, para quem já tropeçou tantas vezes, uma a mais não faz diferença - e assim, não é difícil ficar horas e horas com o controle na mão, torcendo por uma vitória.

Estadão
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