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Fortnite rendeu US$ 2,4 bilhões à Epic Games em 2018

Jogo sensação do ano passado ajudou indústria a faturar US$ 119,6 bilhões, segundo dados da SuperData; previsão para 2019 é de US$ 128,8 bilhões

17 jan 2019 - 17h32
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Da final da Copa do Mundo a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, foi difícil passar ileso por Fortnite em 2018 - o game online da Epic Games, no qual 100 jogadores entram numa ilha e apenas um deve sair vivo. O sucesso foi tamanho que o jogo da Epic Games teve lucro de US$ 2,4 bilhões ao ao longo do último ano - a estimativa é da consultoria SuperData Research, divisão especializada em games da Nielsen.

O desempenho do game ajudou a indústria de jogos eletrônicos a ter seu melhor ano na história: em 2018, o faturamento total do setor foi de US$ 119,6 bilhões. Para a próxima temporada, prevê a consultoria, as receitas devem crescer ainda mais, subindo para US$ 128,8 bilhões. Além de jogos gratuitos online, como é o caso de Fortnite, também devem crescer os setores de realidade virtual e aumentada e o de partidas transmitidas pela internet, em serviços como Twitch e YouTube.

A SuperData Research também fez uma lista com os 10 jogos pagos que mais faturaram ao longo do ano passado. Em primeiro lugar, ficou PlayerUnknown's Battlegrounds, rival maior de Fortnite no gênero de "battle royale" - no qual 100 jogadores entram numa arena e só um sai. O game da Bluehole faturou US$ 1,03 bilhão em 2018.

Em segundo, está FIFA 18, lançado pela EA Sports em 2017, com US$ 790 milhões. Sua versão mais recente, FIFA 19, ficou em sétimo, com receita de US$ 482 milhões. Fechando o pódio, um game lançado há pouco mais de cinco anos: Grand Theft Auto V, com US$ 628 milhões de faturamento ao longo do ano passado.

Hit do ano. Com cerca de 125 milhões de jogadores em todo o mundo, Fortnite fez a Epic Games se tornar uma das principais empresas de games americanas. Em setembro, a empresa foi avaliada em US$ 15 bilhões após uma rodada de investimento liderada pelos fundos KKR, Kleiner Perkins e Lightspeed, impulsionada pelo sucesso de Fortnite.

Gratuito, o game está disponível em diversas plataformas, seja no PlayStation, no Xbox, no Nintendo Switch ou até mesmo em celulares Android e iPhones. Para faturar, a Epic vende itens para os jogadores personalizarem suas partidas dentro do game - como roupas, armas ou danças de comemoração especiais para seus personagens.

Além de fazer a empresa ganhar dinheiro, as danças de comemoração também transformaram o game num ícone pop: na final da Copa, o atacante francês Antoine Griezmann fez uma das danças do jogo ao marcar um dos gols da vitória contra a Croácia. Há algumas semanas, a ex-primeira dama Michelle Obama também seguiu a moda. Nomes como o rapper Drake ou o jogador profissional (pro player) Ninja também já se juntaram ao sucesso da empresa.

Antes do lançamento de Fortnite, a Epic Games era mais conhecida no mundo dos games como dona do motor gráfico Unreal Engine, utilizado por desenvolvedores independentes para criar seus próprios jogos. Essa proximidade dos produtores de jogos permitiu à empresa, em novembro, lançar uma loja online de games.

Chamada de Epic Games Store, ela oferece aos produtores 88% das receitas com jogos - contra 70% oferecido pela Steam, líder no segmento hoje. Para atrair os consumidores, além de vantagens em Fortnite, a empresa também prometeu que dará um jogo gratuito aos usuários da Epic Games Store a cada duas semanas. Para analistas de mercado, é uma estratégia que pode ajudar a empresa a seguir em frente mesmo depois que a febre de Fortnite baixar - se isso acontecer um dia.

Estadão
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