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Miyazaki, de Dark Souls, fala sobre a nova geração de jogos

O diretor e produtor de videogames conversou com o Terra na Brasil Game Show 2019

11 out 2019 - 09h00
(atualizado às 17h50)
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A saga de jogos de ação e RPG Souls, que abarca os títulos “Demon’s Souls”, “Dark Souls I”, “Dark Souls II” e “Dark Souls III”, ficou conhecida no mundo gamer pela dificuldade que impõe aos jogadores. Uma das mentes por traz da saga é do produtor e diretor de videogames Hidetaka Miyazaki, que conversou com o Terra durante a Brasil Game Show 2019, a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina.

Hidetaka Miyazaki, diretor do recém-lançado Sekiro: Shadows Die Twice, da série Souls e de Bloodborn
Hidetaka Miyazaki, diretor do recém-lançado Sekiro: Shadows Die Twice, da série Souls e de Bloodborn
Foto: Divulgação BGS

Terra: A série Souls ficou conhecida pelo desafio de concluir cada um dos jogos. O que você pensa sobre o nível de dificuldade dos jogos atuais?

Hidetaka Miyazaki (HM): Acredito que não sou a melhor pessoa para falar sobre o mercado atual de jogos como um todo. Mas, da minha perspectiva, que não é a de maior propriedade do assunto, eu sinto que um jogo cativante faz as pessoas se interessarem e comprarem. Sinto que sou sortudo de estar em um momento de mercado que valoriza obras bem construídas.

Terra: O que esperar da próxima geração de jogos? Eles serão mais interativos? No que você acredita?

HM: Como tendência, eu acredito que a demanda tem sido por jogos mais interativos, que requerem menos tempo. Eu, pessoalmente, considero que a próxima geração terá diversas possibilidades e muitas coisas para se fazer (em desenvolvimento de games). Poderemos criar novos desafios para os jogadores com as novas tecnologias.

Terra: Que tipo de desafios você pretende produzir na próxima geração de consoles?

HM: Essa é uma pergunta muito difícil de responder de bate-pronto (risos). Acho que vou manter em segredo os meus planos porque acho mais divertido quando o jogador se surpreende ao descobrir a proposta dos jogos quando eles são lançados.

Terra: Você já esteve na produção e supervisão de pelo menos seis jogos. Quando você olha para sua carreira, do que você mais se orgulha?

HM: Pessoalmente não me acho um diretor talentoso ou genial. Sempre procurei ver no que eu era bom, em descobrir o meu ponto forte. Por conta disso, sempre estive com dois ou três projetos ao mesmo tempo e, no geral, sempre me envolvi como diretor e esse acúmulo de experiências é um fato que me orgulha muito.

Terra: De todo o tempo que você se dedicou para o setor, há algo nos jogos que te orgulha?

HM: Nesses 15 anos de indústria, eu trabalhei em oito obras. Isso para o setor é até que um ritmo alto de produção. Apesar dessa velocidade, sempre priorizei a profundidade dos títulos. E isso também me orgulha bastante.

Terra: O que você diria para os jovens que estão tentando entrar na indústria? Alguma dica ou sugestão?

HM: A primeira coisa que diria é “Ganbatte” (expressão em japonês que deseja boa sorte e encoraja a pessoa a dar o seu melhor). Eu acredito que existem duas coisas dentro da indústria: a interatividade trará muitas oportunidades para a produção de jogos, e há uma expectativa muito alta do que se poderá fazer na próxima geração; e a segunda é que desenvolver jogos é em si é muito divertido. Então, por que não trabalhar com isso?

Terra: O que você espera da próxima geração de desenvolvedores e produtores de jogos?

HM: Eu já joguei muitos jogos durante a minha vida. Pensando nisso, eu gostaria que a nova geração desenvolvesse títulos que sejam convidativos e interessantes. Espero que muita gente entre nessa área (de desenvolvimento e produção de jogos) com essa mentalidade de fazer obras novas e criativas.

Terra: Dos jogos que você já jogou, existe algum que te marcou mais?

HM: O jogo que eu mais gastei tempo da minha vida foi Magic: The Gathering. Além disso, posso dizer que sou fã de jogos analógicos e de simulação, são meus favoritos. 

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Fonte: Redação Terra
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