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Flip 2019: Grupo de moradores de Paraty marca protesto contra Glenn Greenwald

Jornalista é convidado da programação paralela da Festa e deve participar de mesa de debates na sexta-feira, 12

10 jul 2019 - 21h56
(atualizado em 11/7/2019 às 09h41)
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PARATY - Um grupo de moradores organiza em redes sociais e grupos de Whatsapp um protesto contra a presença do jornalista Glenn Greenwald na programação da Festa Literária Internacional de Paraty.

O jornalista, que foi à Flip em 2014 para falar sobre os esquemas de espionagem da Agência Nacional de Espionagem dos EUA descobertos por Snowden e revelados por ele, volta a Paraty como um dos principais nomes da Flipei (Festa Literária Pirata das Editoras Independentes) - também conhecida como o barco pirata da Flip. Fundador do The Intercept Brasil, ele fala, agora, sobre as conversas vazadas dos procuradores da Lava Jato, bem como do então juiz Sérgio Moro, e dos desafios do jornalismo em cobrir a operação.

Greenwald está escalado para participar da mesa "Os desafios do jornalismo em tempos de Lava Jato", na sexta-feira, 12, às 19h, com Alceu Castilho, Gregorio Duviver e Sergio Amadeu.

"Convocamos todos os Paratienses honestos, trabalhadores desta cidade independente de partido ou opção política, a participar da manifestação que será realizada na próxima sexta feira 12/7 as 17:00hs na praça do Chafariz em repúdio à presença do jornalista Glenn Greenwald", diz a mensagem compartilhada via redes sociais, sem identificação de grupos, partidos ou mesmo de indivíduos fazendo a convocação.

"Aproveitamos para expor nossa indignação a esse apoio dado pela Flip. Pedimos às nossas autoridades da cidade de Paraty que não permitam mais tal atitude. Não queremos eventos políticos misturados com as festas da cidade. Basta!", prossegue a mensagem, chamando o protesto político para o mesmo dia da mesa.

A Flip divulgou uma nota informando que não é responsável pela programação dos espaços parceiros. "Essas programações são construídas de forma autônoma e não necessariamente refletem a opinião da Flip. Os organizadores da Festa Literária não se vêem no papel de desautorizar manifestações que por ventura ocorram no seu território, contanto que as mesmas não contenham teor ofensivo ou discriminatório", diz a nota da Festa.

Estadão
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