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ESTREIAS-"Homem-Formiga e a Vespa" e premiados "Custódia" e "Nos Vemos no Paraíso" são destaques

4 jul 2018 - 15h40
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Veja um resumo dos principais filmes que estreiam no país na quinta-feira:

Elenco de “Homem-Formiga e a Vespa” em Los Angeles
 25/6/2018     REUTERS/Mario Anzuoni
Elenco de “Homem-Formiga e a Vespa” em Los Angeles 25/6/2018 REUTERS/Mario Anzuoni
Foto: Reuters

"HOMEM-FORMIGA E A VESPA"

- Dois anos depois de apresentado em filme solo, o Homem-Formiga está de volta. Mas nunca estará sozinho na aventura "Homem-Formiga e a Vespa", em que Scott Lang/Homem-Formiga (Paul Rudd) tem que lidar com vários desafios, o primeiro deles, como atuar em suas missões sem deixar o FBI perceber que ele está violando sua prisão domiciliar.

As estripulias que o condenaram a esta situação, com direito a uma tornozeleira eletrônica, aconteceram no filme "Capitão América: Guerra Civil" (2016). Sem querer voltar a isso, este novo filme decola justamente no esforço de Scott para divertir sua filha Cassie (Abby Ryder Fortson) sem poder sair de quatro paredes. Com a ajuda de seu sócio, Luis (Michael Peña), até que ele se dá bem. Mas o sossego acaba quando ele tem que entrar em ação para ajudar Hope van Dyne (Evageline Lilly) e o dr. Hank Pym (Michael Douglas) na tentativa de resgatar sua amada mãe/esposa, Janet (Michelle Pfeiffer) da dimensão alternativa do Reino Quântico.

"CUSTÓDIA"

- Ganhador do prêmio de direção no Festival de Veneza e da crítica na Mostra Internacional de Cinema de S. Paulo, ambos em 2017, "Custódia" é um drama sem concessões sobre o divórcio de um casal (Léa Drucker e Denis Ménochet). O que está em disputa não são bens, mas a guarda do filho caçula, o adolescente Julien (Thomas Gioria).

Cada um dos cônjuges é movido por interesses próprios, a mãe, amor materno, e o pai, uma enorme raiva, que faz parecer que apenas deseja punir a ex-mulher. Escrito e dirigido pelo estreante Xavier Legrand, o longa começa com a negociação, mas expande seus horizontes ao trazer à tona outro elemento dramático: abuso doméstico.

Gradativamente, o filme torna-se cada vez mais sombrio. Também ator, o francês Legrand mostra-se um diretor que opta pelo minimalismo, que não necessita de muitos recursos para contar essa história sobre um tema que cria empatia na medida em que não se limita a um único lugar ou época.

"NOS VEMOS NO PARAÍSO"

- Premiado com cinco César, incluindo o de melhor direção para o também ator Albert Dupontel, "Nos Vemos no Paraíso" baseia-se em romance de Pierre Lemaitre, ambientado em 1918, no final da 1ª Guerra Mundial.

Ao contrário da maioria de seus soldados, o tenente Henri Pradelle (Laurent Lafitte), não quer que a guerra termine. Por isso, quando recebe ordens superiores para evitar hostilidades contra os inimigos alemães, ele dá uma ordem absurda - ordena a dois soldados que realizem, à luz do dia, uma missão de reconhecimento.

Tiros ouvidos depois da saída dos dois soldados dão início a uma batalha, causando várias mortes. Houve, no entanto, um soldado francês que viu algo mais: Albert Maillard (Albert Dupontel), que se tornou testemunha de um crime cometido por Pradelle. O tenente percebe e tenta matá-lo, só não conseguindo pela intervenção de outro soldado, Édouard Péricourt (Nahuel Pérez Biscayart).

Um laço profundo se forma entre estes dois soldados, ainda mais porque a queda de uma bomba permitirá, por sua vez, a Maillard salvar a vida de Péricourt - mas não sem sequelas. Finda a guerra, os dois se tornam inseparáveis já que Péricourt evita retornar à sua família rica e fria, na qual ele mantinha relação conflituosa com o pai, Marcel (Niels Arestrup).

"CACHORROS"

- Em seu segundo longa de ficção, a diretora chilena Marcela Said esmiúça feridas abertas do passado recente de seu país. E também encontra a intersecção entre o pessoal e o político num filme em que ditadura é um fantasma que nunca abandona os personagens, mesmo que alguns deles não se deem conta disso.

Mariana (Antonia Zegers) é uma mulher rica, dona de uma galeria de arte e sócia numa empresa, na qual seu pai (Alejandro Sieveking) atua como seu procurador. Ela começa a tomar aulas de equitação e seu instrutor é um militar, o coronel Juan (Alfredo Castro).

Aos poucos, passado e presente se cruzam, trazendo-se à tona a colaboração das classes mais altas chilenas com a ditadura. É interessante que a figura central aqui seja uma mulher rica, antipática e totalmente alienada do mundo em que vive. A diretora faz escolhas arriscadas em seu roteiro, mas o resultado é um filme contundente e duro, com a coragem de afirmar coisas necessárias mas que muitos ainda não querem admitir.

"MULHERES ALTERADAS"

- Desde a adaptação de "Gatão de Meia Idade", há mais de uma década, o cinema brasileiro parece não ter aprendido muito sobre como levar tirinhas para a tela. Sob a direção de Luis Pinheiro, baseado em quadrinhos da argentina Maitena, "Mulheres Alteradas" são 90 minutos de uma comédia povoada de gente caricaturada e sem graça.

Suas protagonistas são planas como a folha de papel onde foram originalmente desenhadas, e as situações de humor um tanto forçadas. De qualquer forma, Deborah Secco é a única que parece superar as limitações de sua personagem desesperada para salvar o casamento.

Alessandra Negrini, por sua vez, é uma advogada que fica imbecilizada quando se apaixona; e Maria Casadevall e Monica Iozzi são um par de irmãs, uma baladeira, a outra mãe de crianças pequenas, que gostariam de trocar de vida uma com a outra. Estranhamente, a história de suas personagens tem um corte no meio do filme, só voltando no final.

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