Dois anos desde o último grande filme boicotado na China: Diretora criou uma obra de arte, mas foi acusada de difamar o país
"Um lugar onde a mentira está por toda parte", assim descreveu a cineasta em 2013, muito antes de fazer história no Oscar.
Ganhador do Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz, Nomadland foi um dos grandes destaques de 2021. No entanto, a obra comandada por Chloé Zhao, a segunda mulher a ganhar a estatueta dourada na categoria, foi proibida justamente na China, terra natal da cineasta. O país não liberou nem a exibição nem qualquer menção ao longa estrelado Frances McDormand. E até hoje continua assim.
Tudo começou quando Zhao, nascida em Pequim, foi elogiada na mídia chinesa por se tornar a primeira asiática a levar o Globo de Ouro. Nos dias que seguiram, as referências à cineasta e a Nomadland foram diminuindo até desaparecerem totalmente. Conforme relatado na época pelos jornais The New York Times e The Guardian, a data de lançamento planejada (23 de abril de 2021) foi removida dos principais sites especializados da China.
As buscas pelas hashtags #Nomadland e #NomadlandDataDeEstreia também foram bloqueadas na plataforma Weibo (uma versão nacional do Instagram). Nessa mesma rede social, conteúdos relacionados ao filme - e que somavam mais de 87 milhões de visualizações - sumiram e foram substituídos por uma mensagem aconselhando sua remoção "de acordo com as leis, regulamentos e políticas relevantes".
Mas, afinal, qual o motivo para tanto desprezo? Em 2013, em entrevista &
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