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"Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos" extrai força de clima de fantasia

22 ago 2013 - 13h22
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Com o fim da milionária franquia "Crepúsculo" em 2012, os estúdios correram para encontrar outra série juvenil fantástica para preencher o vazio. Depois do recente "Dezesseis Luas" (baseado nos livros de Kami Garcia e Margaret Stohl), chega agora aos cinemas "Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos", baseado na obra homônima da norte-americana Cassandra Clare.

O que todas essas histórias têm em comum? Além do incontestável sucesso editorial, centram-se em jovens que descobrem possuir um poder paranormal, ao mesmo tempo que se apaixonam por rapazes, cujo amor parece impossível (pelo menos nos primeiros livros). Embora o argumento pareça banal, as escritoras conseguem dar complexidade à fantasia, tornando tudo mais misterioso e movimentado.

Longe do drama vampiresco de Stephenie Meyer, as mais recentes autoras incrementam a ação, apesar do clima de romance. Em "Dezesseis Luas", bruxas (ou "conjuradoras", como preferem) e feiticeiros lutam pelo bem e o mal, enquanto Lena, a protagonista, enfrenta bullying na escola e declara seu amor à literatura ao lado do namorado. O capricho da produção nos cinemas ganhou maior brilho com as participações especiais de Emma Thompson, Jeremy Irons e Viola Davis.

Cassandra Clare segue um caminho semelhante e "Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos", dirigido por Harald Zwart (do novo "Karate Kid"), mantém a engenhosidade e o clima soturno do livro, acompanhando a transformação de Clary (Lily Collins, de "Espelho, Espelho Meu"). Em determinada noite, em uma boate de Nova York, ela testemunha um assassinato. Apesar do grito de horror, ninguém ao seu lado consegue enxergar o assassino ou a vítima, mesmo o seu melhor amigo, Simon (Robert Sheehan).

O que o espectador e a própria Clary percebem em seguida é que ela faz parte de uma espécie de clã autodenominado "caçadores de sombras", que elimina demônios pelas ruas. Trata-se de um mundo invisível para os humanos comuns, repleto de magia, feiticeiros, bruxas, vampiros, lobisomens e fadas.

O charmoso Jace (Jamie Campbell Bower, o rei Arthur, da série "Camelot "), é seu complicado par romântico e guia para esse novo trabalho.

O suspeito desaparecimento de sua mãe (Lena Headey, a rainha Cersei de "Game of Thrones"), que poderia explicar seus poderes, estimula Clary a se envolver cada vez mais nesse universo fantástico. O apaixonado Simon, que não deveria estar ali, também acaba no submundo (o que terá repercussão séria nos próximos livros).

Com participação especial de Jared Harris ("Sherlock Holmes -Jogo de Sombras") e Jonathan Rhys Meyers (o rei Henrique 8o, em "The Tudors"), "Os Instrumentos Mortais..." reúne condições para se tornar uma longa e exitosa franquia, repetindo o sucesso editorial, em que já se chegou ao sexto livro. O único porém é a complicada história.

A exemplo de "A Bússola de Ouro", que o público não entendeu muito bem, esta trama é igualmente repleta de reviravoltas, o que pode diminuir a identificação da audiência com os personagens. A conferir.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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