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'Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu' explicita as contradições da vida comum

Veja com exclusividade o trailer do filme que estreia no dia 15 de outubro na Netflix

24 set 2020 - 10h10
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Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu é um filme de Bruno Risas, que mostra o cotidiano de uma família na qual inúmeros fatores são inquietantes: o pai fica desempregado, os integrantes precisam mudar de casa, a mãe é abduzida, e a vida continua como se nada houvesse acontecido.

O longa de ficção, que demorou 9 anos para ser filmado, retrata a própria família do diretor. A história começa após seu pai ficar desempregado e a família toda precisar voltar à velha casa no Bresser, um antigo bairro operário de São Paulo. "A ficção nos permitiu reinterpretar a vida e performar nossa condição ou nosso desejo contido. Permitiu conectar fios invisíveis, aproximar tempos e atravessar dicotomias, reconfigurando nossa própria existência", explica Risas.

Exibido em grandes festivais de cinema no Brasil, Itália e França, o filme deve passar por algumas exibições em cinemas drive-in e chega ao catálogo da Netflix no dia 15 de outubro. Veja o trailer com exclusividade.

O diretor, estreante em longas-metragens, revela que ao longo dos nove anos do processo de Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu, sua mãe frequentemente o perguntava: "Se você pode fazer um filme sobre alguém, por que escolheu fazer sobre a gente, sobre ninguém?". Ele explica que nunca conseguiu responder."Mas, talvez tenha a ver com um desejo: esmiuçar o processo de formação de nosso imaginário nesse país inventado, de encarar as contradições e as violências que o formam. Para isso, fazer do cinema um ritual do cotidiano, um trabalho que coloca em questão a própria ideia de trabalho e de como nossa sociedade se organiza. E tentar descobrir como minha intimidade ressoa fraturas coletivas", conclui.

Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu é distribuído pela Vitrine Filmes e produzido pela Sancho&Punta. O filme recebeu prêmios de melhor Work in Progress no Festival de Brasília de 2018 e no Festival Internacional de Cinema de Cartagena (FICCI) 2019, teve sua estreia no 37º Torino Film Festival, Itália. No 42º Cinéma du Réel, França, recebeu o Prêmio Loridan-Ivens/CNAP destinado ao melhor longa-metragem de estreia. Foi exibido na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em Minas Gerais e também no 31º FIDMarseille - Festival Internacional de Cinema de Marselha, França.

Estadão
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