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Política

Bolsonaro: não podemos financiar mais 'Bruna Surfistinha'

18 jul 2019 - 19h06
(atualizado às 19h41)
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Foto: Gabriela Biló / Estadão

O presidente Jair Bolsonaro usou o evento de comemoração de 200 dias de seu governo, em Brasília, na tarde desta quinta-feira, para criticar o uso de dinheiro público para financiar filmes que, segundo ele, contrariam o "respeito com as famílias".

"Agora há pouco, o Osmar Terra (ministro da Cidadania) e eu fomos para um canto e nos acertamos. Eu não posso admitir que, com o dinheiro público, se faça um filme como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Não temos problema com essa opção ou aquela. O ativismo é que não podemos permitir, em respeito com as famílias. É uma coisa que mudou com a chegada do governo", disse o presidente, se referindo à obra que narra a história de uma ex-garota de programa e que foi estrelado por Deborah Secco.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, confirmou que a direção da Agência Nacional do Cinema (Ancine) será transferida para Brasília. O restante dos funcionários, segundo ele, ficariam no Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro assinou a transferência do Conselho Superior de Cinema, responsável pela política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. O objetivo é que o Palácio do Planalto tenha mais influência sobre o órgão. Oficialmente, o intuito é "fortalecer a articulação e fomentar políticas públicas necessárias à implantação de empreendimentos estratégicos para a área".

No evento, o presidente focou mais em questões ideológicas e deixou de lado medidas econômicas. Ele voltou a falar da suspensão do vestibular que reservava 120 vagas para transgêneros e pessoas não-binárias, o que, para ele, é algo que não pode acontecer. Ele disse que por ser um vestibular "exclusivo" significa que "não tem espaço para quem for heterossexual".

Bolsonaro também disse que não sabia o que era "não-binário," foi pesquisar, mas não ia comentar em respeito aos presentes. A categoria de pessoas que não se definem exclusivamente como homem ou mulher é contemplada em glossário da Organização das Nações Unidas (ONU). "Não podemos preservar um concurso público que tem esse comportamento. Tenho de levar avante as bandeiras que fizeram o povo acreditar em mim", afirmou Bolsonaro

O presidente também usou o evento para, mais uma vez, cogitar concorrer a uma reeleição ao final do mandato. "Temos grande desafio, entregar em 2023 ou 2027 um Brasil melhor a quem nos suceder".

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Fonte: Redação Terra
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