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Festival É Tudo Verdade anuncia vencedores de 2021

Os filmes 'Presidente' e 'Os arrependidos' foram os grandes vencedores da competição de longas-metragens

18 abr 2021 - 18h17
(atualizado às 18h28)
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O Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade anunciou neste domingo, 18, os vencedores da 26ª edição do evento. O filme Presidente (Dinamarca, EUA, Noruega) foi o grande vencedor da competição internacional de longas-metragens, e Os arrependidos levou o prêmio de melhor longa nacional.

'Presidente', de Camilla Nielsson, fala sobre o cenário político no Zimbábue após 38 anos de ditadura
'Presidente', de Camilla Nielsson, fala sobre o cenário político no Zimbábue após 38 anos de ditadura
Foto: Divulgação/É Tudo Verdade

Em Presidente, a diretora Camilla Nielsson aborda o cenário político do Zimbábue e a tentativa de estabelecer a democracia no país após 38 anos de ditadura. Já Os Arrependidos, dos cineastas Ricardo Calil e Armando Antenore, reconta a história pouco lembrada de ex-militantes que largaram tudo para arriscar a vida por uma causa, foram presos e torturados, e viraram arma de propaganda de seus inimigos.

“Em uma edição histórica, realizada em uma época de tanta dor, é um alento ao menos ver se ampliar o interesse de tantos pelo cinema documentário”, disse o fundador e diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki, durante a cerimônia de premiação.

Na categoria de curtas, o vencedor da competição internacional foi A montanha lembra (Argentina, México), de Delfina Carlota Vazquez. Já o curta nacional premiado foi Yaõkwa: Imagem e Memória, que também levou o prêmio do Canal Brasil.

O curta 'Yaõkwa: Imagem e Memória' retrata a tribo Enawenê-nawê, do Mato Grosso
O curta 'Yaõkwa: Imagem e Memória' retrata a tribo Enawenê-nawê, do Mato Grosso
Foto: Divulgação/É Tudo Verdade

“Neste momento difícil pelo qual passamos, nem o confinamento e nem os duros ataques feitos à cultura conseguiram diminuir a qualidade das obras”, escreveram os membros do júri da competição nacional, formado por Sandra Kogut, Eduardo Morettin e Daniel Solá Santiago.

Além da premiação oficial, o júri também concedeu menções honrosas aos filmes Vicenta (Argentina), de Darío Doria; Ser feliz no vão (Brasil), de Lucas H. Rossi dos Santos; e Máquina do desejo - Os 60 Anos do Teatro Oficina (Brasil), de Lucas Weglinski e Joaquim Castro.

A cerimônia de premiação teve ainda um apelo pela preservação do acervo histórico do audiovisual brasileiro e pela reabertura da Cinemateca Brasileira, fechada pelo governo desde o final de 2019. “Quero expressar minha preocupação com a demora por uma solução institucional que permita a reabertura da Cinemateca Brasileira. A bela safra dessa edição reafirmou a importância dos arquivos audiovisuais para a memória e para a criação. E o nosso acervo continua em risco”, afirmou o diretor do festival.

Fonte: Redação Terra
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