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"Enquanto vocês ganham os prêmios a gente enche as salas"

Leandro Hassum falou sobre a ideia de que "comédia não é reconhecida" nos cinemas brasileiros

28 ago 2019 - 21h29
(atualizado às 23h19)
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O ator Leandro Hassum fez comentários sobre sua visão do cinema brasileiro atualmente em entrevista ao programa Morning Show nesta quarta-feira, 28.

Questionado sobre "por que um filme brasileiro não emplaca a ponto de ganhar um Oscar", o ator respondeu: "Eu tenho teorias. Algumas não são nem politicamente corretas de falar."

Foto: RD1

"Você sabe que eu tive dois filmes meus nessa pré-seleção, entre os 12. O Chorar de Rir e o Simonal. O Chorar de Rir eu adoro o filme, mas falei... Gente, comédia, vocês acham mesmo que alguém bota comédia brasileira lá? Não, não vai. O Simonal, apesar de eu achar super legal, é um filme biográfico, mais difícil", opinou.

Na sequência, Hassum afirmou que, por vezes, os filmes indicados são "um pouco mais do que a gente já viu" em outras ocasiões.

Ele ainda elogiou o filme Que Horas Ela Volta?: "Eu achava que a gente ia porque é um filme que tinha um baita potencial. A Regina Casé dava um show naquele filme. Se você olha esse filme agora, do Karim [Aïnouz, A Vida Invisível, que representará o Brasil no Oscar 2020], tem uma pegada um pouco parecida. Não sei o que vai diferenciar."

"Eu cansei desse 'blábláblá' de dizer assim: 'A comédia não é reconhecida'. Não, a gente faz bilhete. Tudo bem, não tem problema. Enquanto vocês ganham os prêmios a gente enche as salas", afirmou o humorista.

Na sequência, porém, fez um adendo: "Às vezes não enche. Principalmente nos últimos tempos, tá mais difícil de a gente encher sala de cinema, tá mais difícil de botar o povo lá dentro. Motivos econômicos, muita coisa estreando..."

Saída da Globo

Hassum também falou sobre sua saída da TV Globo, quando decidiu não renovar seu contrato com a emissora recentemente: "Era um casamento de 21 anos em que eu não via projetos ali dentro em que eu me enquadrava muito.

"Acabei fazendo a Escolinha [do Professor Raimundo] no final, como uma despedida maravilhosa. Não podia me despedir de forma melhor, abraçado por vários comediantes", continuou, em referência ao personagem Mazarito, originalmente vivido por Costinha.

A reação do público diante do personagem, porém, não foi das melhores ( para ler mais).

Estadão
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