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Hellboy completa 25 anos e agora é "maior que o do gibi"

Desenhistas argentinos Max e Sebastian Fiumara e o brasileiro Fábio Moon discutiram o personagem durante painel na CCXP

10 dez 2018 - 17h25
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O personagem Hellboy, criado por Mike Mignola, se tornou popular na década passada, quando Guillermo del Toro fez uma adaptação para o cinema, com o ator Ron Pearlman no papel principal. Entretanto, os quadrinhos fazem sucesso há 25 anos, recentemente com influência brasileira e argentina.

Os irmãos gêmeos brasileiros, Fábio Moon e Gabriel Bá, e os argentinos Max e Sebastian Fiumara, que também são irmãos gêmeos, fazem os desenhos de uma série de publicações baseadas no universo do personagem. "Eu já conhecia o personagem, desde a prime

Painel "Hellboy: O demônio faz aniversário"
Painel "Hellboy: O demônio faz aniversário"
Foto: CCXP/I Hate Flash

ira minissérie que saiu aqui no Brasil. A gente já era fã do Mike Mignola", disse Moon no painel "Hellboy: O demônio faz aniversário", neste domingo (9), na CCXP. Bá não esteve na mesa.

Já os Fiumara, apesar de também conhecerem o personagem desde a criação, só começaram a acompanhar de perto depois que haviam começado a trabalhar com ele. "Eu gosto de contar essa anedota: adicionei Mignola no Facebook e ele aceitou e começou a interagir comigo. Desconfiei que fosse um pefil fake, mas conferi os amigos em comum e tinham nomes famosos. Eventualmente ele me chamou para trabalhar com ele em uma história", disse Max, em 2012. Já Sebastian entrou para trabalhar com a série independente do personagem Abe Sapien, em 2013.

Fábio Moon
Fábio Moon
Foto: CCXP/I Hate Flash

"Depois que você começa a desenhar o Hellboy, você vicia". Fábio Moon afirmou no evento que conheceu Mignola na San Diego Comic-Con e passou anos mostrando seus desenhos ao criador, até que em 2009 ele e seu irmão fizeram a série "B.P.R.D (Bureau for Paranormal Research and Defense): 1947", que foi uma série prequel no universo. Os três artistas gostam de trabalhar com o personagem por causa do gênero de terror. "O gênero traz mais credibilidade a personagens como Hellboy", disse Sebastian.

Para ele, as características do gênero o tornam mais intimidantes. "O terror é mais interessante porque podemos trabalhar com coisas mais escuras, mais "sujas" que não seriam possíveis com o super homem. por exemplo", disse Max. Já Moon detalhou ainda mais: "O terror tem mais desafios nos elementos visuais. Quem gosta de trabalhar com preto e branco e bastante contraste a acaba por gostar de trabalhar com o personagem".

Max Fiumara
Max Fiumara
Foto: CCXP/I Hate Flash

Depois dos filmes, os desenhistas avaliam as mudanças que tiveram para trabalhar com Hellboy. "O Hellboy do inconsciente coletivo é maior do que o do gibi", afirmou Moon. Eles lembraram que, por exemplo, o filme retratou o demônio como sendo o dono de diversos gatos, o que não acontece nos quadrinhos. "Ele tem vários gatos no filme porque Del Toro é fã de gatos. Mignola perdeu um pouco do protagonismo sobre o Hellboy". Outra incongruência que apontaram foi que ele não fuma charutos, mas sim cigarros. 

Comemorando 25 anos, Hellboy terá um novo filme. Um reboot será lançado em 2019, dessa vez com a participação do criador Mignola entre os roteiristas. Nem Del Toro nem Pearlman retornarão para a produção, que iniciamente seria continuação dos primeiros filmes. David Harbour, o xerife Hooper de "Stranger Things", interpretará o personagem-título.

Fonte: Redação Terra
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