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Thor - Ragnarok: Roteirista comenta final corajoso e a luta do Deus do Trovão com o Hulk

Eric Pearson compara Thor com Noé por seu aprendizado diante do apocalipse da mitologia nórdica.

8 nov 2017 - 22h38
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Atenção! Spoilers do filme Thor: Ragnarok

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

A principal característica de Thor: Ragnarok é o humor — total antônimo de despretensão no contexto do Deus do Trovão. Embora descontraído, o filme de Taika Waititi também se mostra corajoso em promover tamanha mudança de abordagem na trilogia do herói da Marvel. Essa ousadia também se apresenta no final do filme, respeitoso à sua premissa, ao seu título, levando o apocalipse da mitologia nórdica às últimas consequências e promovendo a destruição de Asgard.

"Eu esquecei como essa ideia surgiu exatamente, mas lembro de tê-la sugerido bem no início", conta o roteirista Eric Pearson, em entrevista ao THR. "Uma das versões anteriores tinham Asgard não sendo exatamente destruída, ou sendo reconstruída, algo assim. 'Bem, é o Ragnarök. Isso significa o apocalipse na mitologia nórdica. Não vamos destruir tudo? Realmente precisamos fazer isso aqui, e acho que não podemos ter medo disso'", conta o escritor, lembrando seus argumentos para destruir o lar de Thor.

Hulk tentando "esmagar" o demônio Surtur, que destrói Asgard.

A partir disso, Pearson e os outros roteiristas, Christopher Yost e Craig Kyle, traçaram a metáfora mais interessante do filme: "Fazer de Thor uma figura quase como Noé... Colocar todo mundo na arca e preservá-los. [...] O mais complicado foi fazer disso uma escolha de Thor. Não ele apenas ter perdido a batalha. Ele aprendeu algo mais sobre ser um governante, que é [o fato de] as pessoas serem o reino, não o espaço em si. Como rei, como um rei altruísta, você precisa fazer sacrifícios", ele explica.

Sobre todo o resto, tão mais calcado na comicidade, Eric Pearson conta que se entregou aos pedidos de Taika Waititi e focou em realizar um filme engraçado. Mas também disse que, assim, aquele universo insano faria mais sentido. "Se você tentar levar muito a sério, você entediará o público e você mesmo parecerá ridículo. Acho que a chave de Thor é essa: ele se encontra em situações insanas, e suas interações através delas são o que realmente nos permitiu acionar as incríveis habilidades cômicas do Chris Hemsworth."

Hulk 'smashes' de novo em Thor: Ragnarok.

Por fim, Eric Pearson comenta o grande encontro do filme. "A coisa mais difícil foi pensar na reação do Thor ao ver o Hulk. Passamos por algumas em que ele ficava confuso, ou com raiva, outra em que ele ficava assustado. E finalmente surgiu a ideia de que ele ficaria radiante — foi uma glória de Deus", brinca o roteirista. Ele também disse que sua primeira e maior contribuição para a sequência de luta foi o famoso , em homenagem à presença ilustre de Loki (Tom Hiddleston) como espectador do evento. 

"Se você tem a oportunidade de chutar o balde, você tem que aproveitar. Afinal, aquele é um dos melhores e mais divertidos momentos de Vingadores", conta Pearson. Sobre a coreografia, ele diz que pensou o máximo de dinâmicas possíveis para o confronto. "Ação com grandes saltos, algumas cenas com armas brancas, algumas cenas de lutas na mão", lembra ele, então dizendo o que não entrou no corte final: um momento em que o Thor puxaria as pálpebras do Hulk. Uma mostra de que Eric Pearson tentou levar o humor em Thor: Ragnarok a níveis ainda maiores; mais rasgado, mais ridículo.

O fato é que Thor: Ragnarok é um enorme sucesso em todo o mundo, e já soma mais de US$ 450 milhões nas bilheterias de todo o mundo.

AdoroCinema
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