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The Walking Dead S08E02: Amargo reencontro

Nossa análise do segundo episódio da oitava temporada de The Walking Dead, 'The Damned'.

30 out 2017 - 09h42
(atualizado às 10h18)
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Negan sequer dá as caras no segundo episódio da oitava temporada de The Walking Dead, mas mesmo assim a sua marca está em todos os lugares, em todos os personagens.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

'The Damned' é um episódio extremamente tático. A trama dá sequência ao plano iniciado por Rick (Andrew Lincoln) no cerco ao Santuário, e agora o time formado pelos moradores de Alexandria, Hilltop e o Reino seguem atacando variados postos de vigilância dos Salvadores. Enquanto alguns tentam conter o inimigo, outros tentam ultrapassar uma horda de zumbis, outros perseguem o possível inimigo e uma última dupla (Rick e Daryl) tenta encontrar o local exato onde os Salvadores guardam suas armas.

Após oito anos, não há exatamente muita coisa nova que The Walking Dead tenha a oferecer, e o episódio faz um esforço para dar um novo gás à história, com uma trama restrita que vai sendo intercalada entre os vários núcleos menores em tarefas parecidas. Não é algo completamente inovador , mas funciona para tirar a série da letargia e imprimir uma sensação de urgência ao plano.

Os momentos de destaque ficam por conta de alguns personagens específicos: Ezekiel (Khary Payton), exalando uma confiança em si mesmo e no plano que não parece ter vindo dele; Jesus (Tom Payne) e Tara (Alanna Masterson), que discutem matar ou não um inimigo — de forma que o arco narrativo retorna à ideia de se dividir entre a existência ou não de um lado bom ou um lado ruim, ou se os personagens são de fato bons se tomarem parte de atos ruins ou cruéis. E, por fim, o inesperado encontro de Rick com Morales (Juan Gabriel Pareja), sete anos depois, e do outro lado da guerra.

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Todo o episódio acaba navegando em torno de temas semelhantes, que discutem esta exata dicotomia entre 'bom' e 'mau'. A própria história de Morgan (Lennie James)  — que para a surpresa de ninguém está vivo — se dedica a tratar deste assunto mais uma vez, sobretudo quando encontra Jesus, Tara e todos os Salvadores que haviam se rendido e entregado suas armas. "Não é isso que fazemos", diz  Jesus. "O que é que nós fazemos, então?", questiona Morgan.

A tentativa de movimentar a história funciona em uma primeira instância, mas acaba trazendo uma inevitável repetitividade. Os questionamentos de Morgan caem no marasmo por si só, mas colocar Jesus neste mesmo caminho é um arco que não se agarra a momento algum do personagem em seu passado próximo. É cansativo porque é algo que já aconteceu, mas veremos se isso de fato vai dar em algum lugar… e que lugar seria este.

O próprio retorno de Morales reforça a mesma ideia. Ele estava fora da jogada desde a primeira temporada, quando fazia parte do grupo de Rick no acampamento, mas volta ao cenário de um outro lado da história. Ele é um Salvador, e não ficou claro ainda o que exatamente aconteceu com a sua família ou como ele se transformou em um tipo de 'vilão'. A reviravolta é potencialmente interessante, na ideia de fazer um personagem bom virar de lado e explorar o que o levou até Negan. Mas levanta outras perguntas; a escolha de Morales para ser o personagem que retorna é de fato estranha. O que ele terá a apresentar? Por que ele? Por que agora?

Ainda veremos como ele será integrado à história e como os Salvadores irão responder ao ataque, mas o que você achou do episódio?

Episódio: The Damned

Escrito por:

 Matthew Negrete, Channing Powell

Dirigido por: Rosemary RodriguezExibido originalmente em: 

20/10/2017

AdoroCinema
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