Sindicato expulsa Harvey e cria força para combater assédio
O PGA votou de forma unânime pela expulsão do magnata.
A decadência de Harvey Weinstein foi rápida. De um dos produtores mais influentes dos EUA - mais lembrado que Deus nos discursos de agradecimento do Oscar - à decadência total, Weinstein foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no último sábado (14), para dois dias depois ser afastado oficialmente também do Sindicado dos Produtores.
Em declaração, os presidentes do Producers Guild of America (PGA), Gary Lucchesi e Lori McCreary, anunciaram: "nesta manhã, a diretoria do PGA decidiu por votos unânimes pelo desligamento de Harvey Weinstein da instituição.
Como é requerido pela Constituição do PGA, o Sr. Weinstein terá a oportunidade de responder antes do sindicato oficializar a determinação final, em 6 de novembro de 2017.
Assédio sexual de qualquer tipo é completamente inaceitável. Este é um problema sistêmico e universal que requer ação imediata em toda a indústria. Hoje, a diretoria do PGA - composta por 20 mulheres e 18 homens - criou a Força-Tarefa Anti Assédio Sexual, dedicada especificamente a pesquisar e propor soluções substantivas e efetivas em relação aos assédios sexuais na indústria do entretenimento.
O PGA chama os líderes espalhados por toda a comunidade do entretenimento a trabalharem juntos para certificarem-se de que o abuso e o assédio sejam erradicados da indústria."
Desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker fizeram públicas as denúncias contra Weinstein, dezenas de mulheres entre atrizes, produtoras, diretoras e roteiristas também se pronunciaram, revelando momentos em que sofreram assédio - algumas por Weinstein, outras por outros homens influentes da indústria. "Não podemos culpar as vítimas".