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Roman Polanski chama movimento #MeToo de "histeria coletiva"

Cineasta recentemente foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por antigo caso de pedofilia.

10 mai 2018 - 11h13
(atualizado às 11h39)
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Polanski é considerado foragido da justiça dos Estados Unidos pelo abuso sexual de uma menina de 13 anos em 1977.
Polanski é considerado foragido da justiça dos Estados Unidos pelo abuso sexual de uma menina de 13 anos em 1977.
Foto: Getty Images / AdoroCinema

Roman Polanski, cineasta polonês vencedor do Oscar e da Palma de Ouro por O Pianista, declarou em entrevista à edição de seu país da revista Newsweek que considera o movimento #MeToo uma "histeria coletiva do tipo que vez ou outra acontece na sociedade". "Todo mundo está tentando participar, principalmente por medo", ele completou.

Segundo a Associated Press, os comentários foram feitos antes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciar a expulsão do diretor de seu quadro, pelo abuso sexual de uma menina de 13 anos em 1977. O caso permanece aberto e Roman é até hoje considerado foragido da justiça dos Estados Unidos.

Polanski mostrou-se indignado com a decisão da Academia do Oscar e seu advogado descreveu o acontecido como "abuso psicológico de idoso por motivos populistas". Os dois pretendem recorrer legalmente da decisão, alegando que o cineasta sequer teve a chance de se defender, mas as controversas declarações sobre uma das pautas mais fortes da atualidade em Hollywood não devem ajudar em nada a reverter o jogo.

Polanski ainda comparou as reações da indústria às denúncias de assédio com a forma como a Coreia do Norte chora a morte de seus líderes, tão exageradamente que dá vontade de rir. "Para mim é uma completa hipocrisia", ele finalizou.

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