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Mostra SP 2018: 15 filmes imperdíveis para você incluir na programação

Tem muita coisa boa vindo por aí.

14 out 2018 - 11h11
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Está começando a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo! O principal evento do ano para os cinéfilos paulistanos acontece entre os dias 18 e 31 de outubro, apresentando mais de 300 filmes inéditos, muitos deles sem distribuição garantida no Brasil - ou seja, essa pode ser uma oportunidade única de vê-los na tela grande.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

A Mostra também é um momento de descobrir novos diretores, apostar em filmes inusitados, além de participar de debates com os convidados e encontrar outros cinéfilos tão dedicados quanto você. Mas como escolher os filmes entre centenas de títulos?

O AdoroCinema te ajuda com esta pequena lista de 15 filmes imperdíveis, em ordem aleatória. Já escolheu os seus?

1) A Casa que Jack Construiu, de Lars von Trier

Todo festival que se preze tem o seu filme polêmico, do tipo "ame ou odeie", para gerar debates nos bastidores. Lars von Trier deve ocupar o posto este ano com A Casa que Jack Construiu, mistura de suspense sangrento e comédia de humor negro. Na trama, um assassino em série (Matt Dillon) confessa ter matado dezenas de pessoas por prazer. O próprio criminoso faz a "curadoria" das cinco mortes mais especiais para compartilhar com Virgílio (Bruno Ganz) e com o espectador. De arrepiar.

2) Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018, o drama constitui o novo projeto de um dos diretores japoneses mais queridos do circuito nacional: Hirokazu Kore-eda, cujos O Terceiro Assassinato, Depois da Tempestade e Pais & Filhos foram grandes sucessos do circuito alternativo. Desta vez ele investiga uma família de ladrões formada não por laços de sangue, e sim por afinidades. Prepare-se para rir e para chorar.

3) Guerra Fria, de Pawel Pawlikowski

Enquanto Assunto de Família levou o prêmio máximo em Cannes, este drama histórico ficou com outro troféu muito cobiçado no festival francês: o prêmio de melhor diretor para Pawel Pawlikowski, o mesmo de Ida. O polonês investe na história de amor entre um professor e uma cantora ao longo dos vários anos de guerra na Europa. O casal se encontra e se perde diversas vezes ao longo dos anos e através dos países. A beleza das músicas e das imagens é de tirar o fôlego.

4) Em Chamas, de Lee Chang-dong

Se ao invés de uma história de amor você preferir algo mais sombrio, uma boa pedida é este suspense sul-coreano, que recebeu a maior nota dos críticos - pela revista Screen - na história do Festival de Cannes. Na trama adaptada do romancista Haruki Murakami, um rapaz descobre que o melhor amigo de sua amada tem um passatempo muito estranho, e se torna paranoico na intenção de detê-lo. Contar mais estragaria a surpresa: vá e veja por si mesmo. A viagem é hipnotizante.

5) El Ángel, de Luis Ortega

Representante da Argentina na corrida ao Oscar, este suspense biográfico se tornou um dos maiores fenômenos de bilheteria na história do cinema argentino. A história apresenta Carlos Robledo Puch, um famoso assassino em série que cometeu mais de onze mortes e quarenta roubos durante a adolescência, e se tornou uma celebridade local devido ao rosto angelical. Para você ver que as aparências realmente enganam...

6) A Favorita, de Yorgos Lanthimos

Os fãs dos corrosivos O Lagosta e Dente Canino podem ficar de olho porque a Mostra traz o novo filme do diretor grego Yorgos Lanthimos, com um elenco de peso: Emma Stone e Rachel Weisz interpretam duas mulheres influentes dentro da corte inglesa no século XVIII, disputando a atenção da rainha Ana (Olivia Colman). A história de paixões, traições e crime é retirada de fatos reais, e desponta como forte candidata ao Oscar para suas atrizes e seu roteiro.

7) Infiltrado na Klan, de Spike Lee

Meio sumido nos últimos anos, Spike Lee volta à boa forma com esta comédia também baseada numa história real e improvável: um policial negro (John David Washington) consegue se infiltrar na Ku Klux Klan, organização racista e fortemente armada, e desmontá-la por dentro com a ajuda de um policial branco (Adam Driver) que se passa por ele nas reuniões do grupo. Além de colocar o dedo nas feridas da questão racial nos Estados Unidos, Lee faz críticas diretas a Donald Trump.

8) Tarde para Morrer Jovem, de Dominga Sotomayor

Vencedor do prêmio de melhor direção no festival de Locarno, esta coprodução entre Chile, Brasil e Argentina mostra a vida de três adolescentes nos primeiros anos de retorno da democracia ao Chile após a ditadura de Pinochet. Com a liberdade política, eles descobrem também os primeiros amores e primeiras decepções. Ao mesmo tempo, se preparam para a festa de Ano Novo e enfrentam os perigos da natureza.

9) Temporada, de André Novais Oliveira

Vencedor do último Festival de Brasília, este belíssimo drama apresenta a vida de Juliana (Grace Passô), que se muda para a área metropolitana de Belo Horizonte quando é contratada pela prefeitura para ajudar na prevenção da dengue e outras doenças. Enquanto entra na casa das pessoas diariamente, ela tenta resolver os problemas com o casamento e com um trauma recente. Com este filme, o diretor André Novais Oliveira se firma como um dos maiores diretores brasileiros da nova geração.

10) Asas do Desejo, de Wim Wenders

Além dos filmes inéditos, a Mostra também traz versões restauradas de alguns dos maiores clássicos da história do cinema. Desta vez, os fãs da sétima arte terão a oportunidade valiosa de ver na tela grande uma das obras principais de Wim Wenders, sobre dois anjos que vigiam a cidade e cuidam os habitantes. Quando um deles se apaixona por uma humana, ele decide abrir mão da imortalidade para se arriscar nesta história de amor.

11) Central do Brasil, de Walter Salles

Outro clássico em exibição é Central do Brasil, que comemora 20 anos. O drama permite ver a atuação brilhante de Fernanda Montenegro no papel de uma mulher que ganha uns trocados escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil. Percebendo um garoto abandonado na estação, aceita acompanhá-lo numa viagem ao Nordeste para encontrar a família. Vencedor do Urso de Ouro no festival de Berlim e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ele permanece uma das principais obras do cinema nacional desde a retomada.

12) Família Submersa, de Maria Alché

Entre a forte seleção latino-americana deste ano se encontra este drama coproduzido por Argentina, Brasil, Alemanha e Noruega. A diretora é Maria Alché, atriz principal de A Menina Santa, que demonstra forte influência de Lucrecia Martel para construir a história de uma mulher que acaba de perder a irmã. Mas ao invés de fazer uma pausa para o luto, ela precisa cuidar da casa, dos filhos e do marido. Mercedes Morán está excelente no papel principal, e a imersão nesta família de classe média é bastante realista.

13) Operação Overlord, de Julius Avery

Nem só de dramas e suspenses vive a Mostra. Os fãs de filmes de gênero têm uma boa opção com esta mistura improvável entre filme de guerra e filme de zumbis. Quando soldados americanos são encarregados de investigar os planos nazistas, descobrem modificações genéticas e outras experiências sombrias. Pela imagem acima, você tem uma ideia do que está por vir... A produção é de J.J. Abrams, de Cloverfield e Star Wars.

14) O Estado Contra Mandela e os Outros, de Nicolas Champeaux e Gilles Porte

A Mostra traz documentários do mundo inteiro, e preparou em 2018 uma seleção reservada ao centenário do nascimento de Nelson Mandela. Este filme chocante nasce de um desafio: mostrar o julgamento de Mandela e oito outros condenados por lutarem contra o apartheid, embora não existam imagens gravadas do evento. Para driblar o problema, os diretores editam 256 horas de áudio, usam jornais, fotos e até animação. Um documento importante para debater a questão racial hoje.

15) Wildlife, de Paul Dano

Entre os atores que se lançam na direção, poucos obtêm o mesmo sucesso que Paul Dano conquistou com o seu primeiro filme. Elogiadíssimo na Semana da Crítica em Cannes, este drama mostra o divórcio turbulento entre um bombeiro (Jake Gyllenhaal) e sua mãe, uma dona de casa explosiva (Carey Mulligan) contado pelo ponto de vista do filho pequeno (Ed Oxenbould). Além das belíssimas imagens e trilha sonora, o diretor demonstra uma sensibilidade ímpar no retrato das dificuldades amorosas.

AdoroCinema
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