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Morgan Freeman exige retratação por matéria sobre assédio

Advogado de defesa do ator alega que três das entrevistadas pela matéria da CNN já negaram terem sofrido assédio

29 mai 2018 - 14h15
(atualizado às 15h58)
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Advogados de Morgan Freeman exigem retratação
Advogados de Morgan Freeman exigem retratação
Foto: Getty Images / AdoroCinema

Seguido de duas declarações de Morgan Freeman, uma delas pedindo desculpas a quem possa ter se sentido incomodado com suas atitudes e outra afirmando nunca ter assediado mulheres, os advogados do ator solicitam "uma retratação e um pedido de desculpas" da CNN pelo artigo sobre alegações de assédio e má conduta contra o astro.

Segundo o The Hollywood Reporter, uma carta de dez páginas foi endereçada ao presidente da CNN, Jeff Zucker, fazendo as reivindicações citadas e afirmando que a história publicada por eles difamou e "infringiu injúrias severas" na reputação e carreira de Freeman.

Para suportar a defesa do ator, os advogados citaram três nomes entre os 16 entrevistados pela CNN para realizar o artigo publicado dia 24 de maio. Um deles foi o da jornalista Chloe Melas, uma das escritoras do artigo da CNN. Eles dizem que as acusações dela "não tinham uma base razoável". Melas afirma que, em uma coletiva do filme Despedida em Grande Estilo (2017), o ator teria segurado seu braço e lançado olhares sobre ela de cima à baixo enquanto dizia palavras que a deixaram constrangida.

O segundo argumento reforçava o fato de que os recursos humanos da Warner Bros teria desconsiderado as acusações feitas a Freeman por faltas de provas. O vídeo usado nas investisgações não mostram os comentários feitos pelo autor e nenhum funcionário do estúdio afirmou ter presenciado a situação. Os advogados também alegaram que a outra entrevistada, Tyra Martin, já registrou duas queixas de que suas palavras foram "deturpadas" no artigo e que "Freeman não a assediou". O nome de Lori McCreary, cofundadora da produtora de Freeman — Revelations Entertainment —, também foi trago à tona pela parte de defesa do ator, afirmando que ela havia dito "à CNN que Freeman nunca a assediou".

No artigo, o nome de McCreary foi citado por outros entrevistados, que afirmaram ter presenciado o ator se comportando de forma inapropriada com ela. Foi reportado pelo The Hollywood Reporter que em um painel de 2016, o ator teria comentado o seguinte sobre as roupas de McCreary: "Ela quer ser considerada séria, mas não consegue ficar longe dos vestidos curtos". O repórter do site alega que ela "não reagiu visivelmente ao comentário", mas um ex-executivo da produtora Revelations Entertainment diz ter consolado McCreary e que "ela estava claramente chateada".

Ao todo, 16 pessoas se pronunciaram contra o ator em um artigo investigativo da CNN. Oito delas alegaram ter sido vítimas de Freeman, sendo que algumas classificaram suas atitudes como assédio, enquanto outras chamaram de comportamento inapropriado. Os outros oito homens e mulheres entrevistados disseram ter presenciado a conduta inadequada do astro em bastidores e em sua produtora.

Resposta da CNN

Segundo o Deadline, a réplica do canal de notícias sobre a demanda de retratação diz que a CNN permanece de acordo com o seu artigo, que alega múltiplos relatos de assédio e comportamento inapropriado realizados por Freeman em set de filmagens, durante a promoção dos seus filmes e em sua produtora.

"As acusações infundadas feitas pelos advogados do Sr. Freeman são decepcionantes e difíceis de serem conciliadas com as declarações públicas do Sr. Freeman [...]. A CNN se mantém de acordo com suas reportagens e responderá fortemente a qualquer tentativa do Sr. Freeman ou dos seus representantes de intimidar nossa cobertura desta importante questão pública", disse a rede de notícias a cabo em comunicado.

AdoroCinema
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