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Fear the Walking Dead: "Veremos Alicia se tornar meio que uma f#dona apocalíptica", destaca Alycia Debnam-Carey (Entrevista)

A quarta temporada de Fear The Walking Dead estreia neste domingo, 15 de abril, às 23h30, no canal AMC.

14 abr 2018 - 08h41
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No último mês de março, acompanhamos um dia de filmagens da quarta temporada de Fear the Walking Dead, no Texas, nos Estados Unidos. Além de conhecer um dos cenários e conferir a gravação de uma cena entre Lennie James (Morgan) e Colman Domingo (Strand), o AdoroCinema teve a oportunidade de conversar com parte do elenco da produção.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Conhecida pelo papel de Lexa em The 100 e em Fear desde a primeira temporada, Alycia Debnam-Carey estava presente no set no dia e pôde conversar com a imprensa presente no local. Abaixo, você confere como foi o bate-papo completo com a jovem e simpática atriz.

Você está voltando de férias, certo?

Sim. E, pra ser sincera, queria ainda estar de férias. Mas eu ainda não estou trabalhando muito, então tem sido bom, como uma reintrodução à loucura, porque eles não pegam leve com a gente aqui. Nós definitivamente trabalhamos duro.

Essa temporada é mais física ou algo do tipo?

Muito mais, com certeza. Acho que na temporada anterior estávamos fazendo cerca de um ou dois dias de gravações de cenas de ação por episódio. Agora parece que fazemos uns quatro, quatro longos dias de stunts. E eu acho que está claro para todo mundo que também aumentaram a quantidade de elementos da série. Há mais walkers, mais viagens e mais ação.

Assistindo aos primeiros episódios, parece que a série está mais cinematográfica. Você sentiu isso?

Sim, é muito mais cinematográfica. E eu acho que é algo que queriam alcançar também, meio que voltar para cenas mais simples. Eu sei que tinham muitos faroestes em mente quando recriavam as cenas. Há muito mais planos-sequência e também com o enredo.

Nós unimos os dois mundos (Fear e TWD), então dá para brincar um pouco mais. Seja tendo personagens antigos conhecendo personagens novos, seja com tudo de novo que podemos fazer. Então foi um pouco espantoso quando começamos porque acho que ninguém sabia muito bem qual era o foco de onde estávamos, de repente tudo havia mudado.

E o que pode dizer da evolução da Alicia? Como ela mudou neste novo cenário?

Ela é bem diferente. Não posso dar muitos detalhes, mas acho que um dos elementos mais empolgantes dessa temporada, particularmente na primeira metade, é que brincamos muito com o tempo. Então você pode ver a Alicia em vários momentos diferentes, mostrando quem ela é como personagem ao longo do tempo. As versões são filmadas diferentemente, tem aparência diferente, o que é bem empolgante. Algo que nunca vi sendo feito no universo de The Walking Dead, ou até em outra série de televisão. É bem legal. E também têm muitas mudanças dramáticas acontecendo com ela. Ela está crescendo e aprendendo e... Acho que vemos ela se tornar meio que uma fodona apocalíptica nesse cenário. Ela é capaz de se virar sozinha muito bem agora. Ela atinge um outro nível com essa temporada.

Com relação às mudanças na personagem, o quanto veio de você e o quanto veio dessa nova direção criativa da série?

Eu acho que desde o início dessa série, eu sempre tive o papel de uma jovem menina adolescente. E acredito que você pode fazer muito com isso se você se esforçar, sabe? Falar o que você quer, pedir coisas, pedir um material diferente, ser investida e um membro ativo da série. Então, eu sempre fiquei impulsionando essa personagem a seguir um certo caminho, a ter uma opinião forte e a crescer e ficar bem saudável e forte nesse mundo. Acho que parte disso, mesmo que por osmose ou por eu ficar exigindo o que eu queria e o que eu preferia, eles me escutaram e foram receptivos. Se você pedir com jeito pode conseguir, eles percebem no que você é bom e o que funciona com você.

Quais os principais desafios dessa nova temporada?

Muitos dos desafios são baseados no enredo. Eu nem tive que fazer muito além do que estava acontecendo na história, que vocês verão e não posso falar muito sobre agora. Então, muito da trama significa que a Alicia está tendo que mudar de diferentes formas. Nós temos que ver ela se tornando uma forma de líder. Isso foi diferente do que eu ser forçada a transformar ela em uma pessoa diferente. Além disso, tivemos desafios pessoais. Nos mudarmos para o Texas e trabalhamos com um novo grupo de pessoas, sempre tentando ser confortáveis e harmoniosos nesse ambiente.

A série sempre foi bem diferente de The Walking Dead. Agora, com o crossover, acha que será mais parecida?

Eu diria que ainda é bem diferente, é quase uma série completamente nova. Tem, claro, os elementos de Fear, mas de forma alguma tornou-se The Walking Dead. Eu diria que foi elevado para uma outra esfera. Mas eu diria que o que mantém essa série são os personagens que temos de Fear. E sempre foram muito diferentes e sempre tiveram suas vozes bem únicas.

Você pode falar um pouco sobre Lennie James entrando na série e como foi isso para vocês?

Ele é incrível, um ótimo ator e uma pessoa muito humilde e trabalhadora. Simplesmente uma pessoa adorável. Então, trabalhar com ele tem sido fantástico, assim como com todo mundo. Demorou um pouco para nos acostumarmos com essa situação diferente sendo criada de repente. O Colman e eu acabamos organizando uma noite de churrasco porque parece ser o grande equilibrador, então todos saímos para comer churrasco aqui no Texas. A partir daí, começamos a lidar melhor um com o outro.

O que está achando do crossover? Acha que pode acontecer também o inverso, com alguém de Fear indo para TWD?

Foi surpreendente porque sempre disseram que, "isso não é uma possibilidade, nunca vai acontecer". Toda pergunta que recebíamos em toda entrevista, em todo painel, era sempre a mesma: "Vai ter um crossover?" E eu me lembro de todos ficarem meio irritados: "Não, simplesmente não vai acontecer. Eu sei o quão irritante é, mas não vai acontecer". Mas aí o Robert Kirkman colocou no Twitter de repente e quando eu li, eu fiquei tipo, "O que, isso é real?"

Você descobriu pelo Twitter?

Sim, alguém me contou e falou para olhar no Twitter. E aconteceu muito rápido. Foi muito legal, como fã de tudo isso. Eu pensei, "ótimo, é muito divertido, muito empolgante". É, eu não sei o quão possível é para a outra série. Porque sei que são inspirados nas histórias em quadrinhos, então é diferente.

E como o crossover ajuda a história de Fear?

Bem... Nós ainda estamos brincando com as regras dessa série que não é... Não é restrita aos quadrinhos, ainda é escrita livre e podemos mudá-la. Inclusive, refizemos o episódio que vamos filmar em breve há poucas semanas. Algo novo aconteceu que fez eles pensarem e mudamos completamente. Então, é bem empolgante que podemos explorar e experimentar com isso. Ter um pouco mais de liberdade.

Temos mudanças na linha do tempo na quarta temporada. Como foi trabalhar com isso?

Minha parte preferida sobre um pulo no tempo é que você tem uma mudança específica que pode acontecer com seu personagem. Uma das coisas mais difíceis sobre fazer essas séries é que ela acontece de forma minimamente minuciosa. São tantos detalhes e detalhes, e toda morte pode ser tão excruciante e você ter que fazer tudo diferente. 

Mas com o pulo no tempo é divertido, porque você pode ter uma mudança específica. Seja isso vindo dos roteiristas ou até do ponto de vista de um personagem. Mesmo se você quiser cortar uma parte do corpo da personagem, você pode. Não é tão dramático, obviamente, quanto isso. Mas há elementos que mudam pra você no personagem, então é legal dar uma apimentada às vezes, eu acho.

Então, o quão diferente é a Alycia nessa nova temporada?

Muito diferente. Eu acho que talvez ela seja a mais solitária, nessa altura do campeonato. 

E como foi a nova mudança de cidade para a série? Agora estão aqui em Austin.

Temos muita sorte com essa série. Nós fomos à quatro países diferentes, quatro lugares, cidades diferentes. E isso tem influenciado enormemente para as gravações. E os produtores com certeza querem usar isso no ambiente, na essência da série. Está mais texana. Há mais ilusões de cowboys, e até as filmagens remetem mais aos faroestes, com planos mais compridos, mantendo o enquadramento por mais tempo. O diálogo e seus elementos são mais reminiscentes de faroeste e do Texas.

Pessoalmente, como é mudar sempre de um lugar para o outro?

Então, eu moro em Los Angeles há 7 anos, mas toda minha família está na Austrália. Eu acho incrível. Normalmente, você não tem essa oportunidade com uma série. Você geralmente fica em um só lugar. Se for pra você ficar em Albuquerque, você vai ficar cinco anos em Albuquerque. Mas, para nós, estivemos em quatro cidades diferentes, é muito raro. É um luxo porque você pode realmente ver e experimentar diferentes lugares.

Fear possui uma série de personagens femininas fortes. Como você vê isso?

É absurdamente importante. As crianças crescem vendo séries, então é importante ter personagens fortes, bem criados e profundos. Nós, obviamente, estamos chegando a um ponto no tempo em que essa é uma questão importante e está finalmente sendo levantada. Estamos vendo mais protagonistas mulheres do que antes. É empolgante fazer parte de uma série que está investida nisso. Temos atrizes incríveis na série que são muito boas no que fazem e elas merecem a mesma atenção. É inspirador, a Kim Dickens se tornou um modelo de atriz e mulher para mim. Eu acho que ela é uma atriz incrível, ela me ensinou tanto sobre como comandar uma série, como liderar uma série. E, para mim, isso é valioso. Então, ela realmente estabeleceu um ambiente incrível no set. eu acho que grande parte do sucesso de funcionamento da nossa equipe e do nosso elenco é por causa dela.

O AdoroCinema viajou a convite do canal AMC.

AdoroCinema
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