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Christopher Nolan volta atrás e afirma que a Netflix é 'revolucionária'

Mas ele continua firme na decisão de não fazer parcerias com a empresa de streaming.

7 nov 2017 - 17h44
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No fim das contas, tudo indica que a Netflix realmente é mais do que uma "moda passageira" - pelo menos na visão de Christopher Nolan (Dunkirk), que em entrevista à Variety, voltou atrás, se desculpou e admitiu, por fim, que o modelo de negócios e produção da gigante do streaming é revolucionário:

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

"Eu deveria ter sido mais educado. Falei o que acredito, mas fui pouco diplomático na forma como expressei meus pensamentos. Não apresentei o contexto da natureza realmente revolucionária das coisas que a Netflix fez. Eles merecem respeito pelo que fizeram, e isso é algo que eu tenho", declarou o realizador britânico.

No último mês de julho, as explosivas palavras de Nolan causaram uma verdadeira comoção na internet. Apoiadores e críticos do pensamento do cineasta responsável por jovens clássicos como Amnésia e O Cavaleiro das Trevas utilizaram as redes sociais para manifestar suas próprias opiniões quanto à questão levantada por ele: na visão do diretor, os serviços de streaming estariam "acabando" com a experiência das telonas em prol da exibição televisiva - motivo pelo qual Nolan permanece firme em seu posicionamento de não trabalhar com companhias como a Netflix:

"Durante toda minha vida adulta vi lançamentos de filmes para a televisão. Quando comecei minha carreira como cineasta na década de 1990, nosso maior pesadelo eram os lançamentos diretos para televisão. Não há nada novo quanto a isso - o que é diferente e novo sobre esse modelo é vender isso para os executivos de Wall Street como uma inovação ou revolução", completou Nolan.

Bem, por mais que o realizador nunca venha a aceitar um convite de empresas como a Netflix ou o Amazon Prime - estúdio que foi elogiado pelo próprio Nolan -, o pedido de desculpas é uma boa forma de reconciliação; afinal de contas, a sétima arte só tem a ganhar com a união dos dois lados. Ao mesmo tempo em que o modelo tradicional de exibição não pode ser substituído, companhias de streaming têm sido responsáveis por resgatar projetos quase engavetados para sempre - The Irishman, de Martin Scorsese, e The Other Side of the Wind, o filme perdido de Orson Welles - e difundir a obra de diretores independentes como Todd Haynes, Barry Jenkins e Luca Guadagnino para o grande público.

E você, o que acha? Prefere o Nolan "paz e amor" ou o Nolan "faca na caveira"? Há espaço para o tradicional e o inovador? Ou cinema é cinema e Netflix é Netflix?

AdoroCinema
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