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20 séries canceladas cedo demais

Vamos abrir essas feridas?

26 mai 2018 - 09h20
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Todos os anos, fãs de séries têm um encontro marcado com a tristeza. É praticamente inevitável ver, vez ou outra, uma de suas queridinhas ser cancelada cedo demais, deixando para trás todo o potencial não explorado, personagens que deveriam ganhar mais espaço, histórias que deveriam ter sido vistas por mais pessoas, mas não foram. E foi pensando nisso que listamos aqui 20 séries cujos cancelamentos ainda doem.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Confira abaixo a nossa lista. Concorda com ela?

Limitless (CBS, 2015-2016)

Com uma temporada apenas e 22 episódios, a série trata-se de uma adaptação do filme homônimo protagonizado por Bradley Cooper, Sem Limites. Aqui, a história acompanha Brian Finch (Jake McDorman), que entra em contato com o NZT-48 e assim torna-se capaz de acessar as capacidades máximas de seu cérebro. Como não poderia ser diferente — sobretudo tratando-se de uma série da CBS —, ele passa a trabalhar como consultor do FBI, ao lado da agente Rebecca Harris (Jennifer Carpenter).

A temporada conta até com algumas participações esporádicas de Bradley Cooper reprisando o seu personagem do longa, e era inventiva, com bom elenco e visualmente notável, expandindo a história original com criatividade e diversão. Infelizmente, não foi o bastante para que a CBS a renovasse. No Brasil, está no catálogo da Netflix.

Sweet/Vicious (MTV, 2016-2017)

Duas estudantes universitárias, com aparentemente nada em comum. Ophelia (Taylor Dearden) está mais preocupada com sua cannabis do que com os estudos, rejeita o pertencimento a qualquer grupo e trabalha em uma loja de discos. Jules (Eliza Bennett) é a ideal garota da irmandade, tentando levar uma vida perfeita. Quando elas se conhecem, as duas passam a trabalhar juntas secretamente, como vigilantes do campus universitário. O objetivo? Trazer justiça para todas as garotas que sofreram abuso sexual, e levar os homens que os cometeram a pagarem pelo crime.

Sweet/Vicious teve apenas uma temporada e dez episódios, e apesar de ter sido elogiada pela crítica internacional, a modesta audiência fez com que a MTV a desse por encerrada. A criadora, Jennifer Kaytin Robinson, até tentou levá-la para outra emissora, mas sem sucesso. Quem diria que, cerca de um ano depois do cancelamento, ela poderia ter sido tão relevante? Uma pena.

Faking It (MTV, 2014-2016)

Outro arrombo no coração patrocinado pela MTV, Faking It era a história de Amy (Rita Volk) e Karma (Katie Stevens), melhores amigas desde a infância, que ao chegarem em um novo colégio, decidem se passar por namoradas para ganharem popularidade. O problema é que Amy acaba se apaixonando de verdade por Karma, que só tem olhos para Liam Booker (Gregg Sulkin).

A série contou com três temporadas, 38 episódios, e faltava apenas uma para que Carter Covington encerrasse a história. Novamente a pouca audiência é a justificativa para o cancelamento de uma das poucas séries de comédia romântica com temática e personagens LGBT+ como protagonistas. Mas se você quer saber o que teria sido o final, o criador conta.

Happy Endings (ABC, 2011-2013)

Alex (Elisha Cuthbert) e Dave (Zachary Knighton) estão de casamento marcado, tudo pronto para o grande dia, mas no último segundo ela decide abandoná-lo no altar. Mas depois disso, eles precisam aprender a conviver juntos novamente, pelo bem do grupo de amigos que inclui o casal Jane (Eliza Coupe) e Brad (Damon Wayans Jr.), Penny (Casey Wilson) e Max (Adam Pally).

Cancelada após três temporadas e 57 episódios, Happy Endings não era nada parecida com as demais comédias de grupos de amigos que vêm à cabeça. A mistura de comédia com sinuosas quebras de paradigmas fez da atração uma queridinha da crítica, mas apesar disso, ela chegou ao seu precoce fim, com direito a final aberto e tudo.

One Mississippi (Amazon, 2015-2017)

A comédia com requintados tons de drama é baseada na vida da própria criadora e protagonista, Tig Notaro, e a traz voltando para casa, no Mississippi, após o falecimento da mãe. Tig precisa enfrentar traumas do passado, se reconciliar com a família e se adaptar à rotina do interior.

One Mississippi às vezes é cruelmente existencialista, mas sempre há um detalhe cômico nos diálogos mais profundos. Apesar do baixo orçamento, foi cancelada pelo Amazon Prime Video, onde as duas temporadas estão disponíveis.

Togetherness (HBO, 2015-2016)

A série criada pelos irmãos Jay e Mark Duplass para a HBO trazia as histórias emaranhadas de uma família: Brett (Mark Duplass) e Michelle (Melanie Lynskey) são um casal com filhos, que dividem a rotina com a irmã dela, Tina (Amanda Peet) e o amigo Brett (Steve Zissis).

A premissa simples de Togetherness faz o que poucas comédias conseguem fazer com precisão: olhar para a vida adulta, com filhos, contas e compromissos, e tirar dali algo de cômico e inusitado. A série, aliás, foi uma das favoritas de J.J. Abrams quando estava no ar, e suas duas temporadas estão disponíveis no HBO Go.

Agent Carter (ABC, 2015-2016)

A continuação da história de Peggy Carter (Hayley Atwell), que precisa balancear o trabalho administrativo com as missões secretas após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela é encarregada de limpar o nome de Howard Stark (Dominic Cooper), com a ajuda de Edwin Jarvis (James d'Arcy).

Situada após os eventos de Capitão América: O Primeiro Vingador, Agent Carter teve aprovação da crítica, que destacou o fato de a série focar antes em Peggy como pessoa e depois como heroína. Mas a má divulgação e a baixa audiência fizeram com que a série fosse cancelada após 18 episódios. Fãs fizeram campanhas pela renovação e pelo resgate da série, mas foi em vão. No Brasil, está no catálogo da Netflix.

Deadwood (HBO, 2004-2006)

Faroeste que se passa por volta de 1870 em Deadwood, na Dakota do Sul, a série trouxe temas que incluíam a formação de comunidades e o crescimento dos campos para as cidades. Criada por David Milch para a HBO e com um extenso elenco, Deadwood foi amplamente baseada no que de fato se sabe a respeito da época, com a intenção de estudar a formação das civilizações e na "organização a partir do caos."

A série foi cancelada após três temporadas e 36 episódios, com a promessa de uma conclusão com um telefilme (ou dois) no ar desde 2006. A última notícia é que o filme pode começar a ser rodado no segundo semestre de 2018, apesar de ainda não ter sido oficialmente anunciado.

Bunheads (Freeform, 2012-2013)

Criada por Amy Sherman-Palladino (Gilmore Girls), a série acompanha Michelle Simms (Sutton Foster), uma bailarina que se torna showgirl de Las Vegas e se casa num impulso, para depois começar a trabalhar com a sogra em sua escola de balé.

Apesar da recepção positiva da crítica, que destacou o estilo de escrita de Sherman-Palladino, o retorno ao charme de Gilmore Girls com muita diversão e pitadas de drama. Mesmo assim, a então ABC Family (atual Freeform) a decepou após 18 episódios.

Everything Sucks! (Netflix, 2018)

Movida pelo saudosismo da década de 1990, Everything Sucks! trazia a história de amadurecimento de Kate Messner (Peyton Kennedy) e Luke O'Neil (Jahi Di'Allo Winston), com um improvável grupo de amigos e muitos dramas de colégio, um duelo entre o Clube do Vídeo e o Clube do Teatro e muitas autorreferências com a produção de um filme estudantil.

Sem ser exatamente inovadora, a primeira (e única) temporada de Everything Sucks! tem lá seus pecados e seus excessos, mas era leve e tinha muito espaço para crescer. Infelizmente, a Netflix decidiu não dar esta chance.

The Get Down (Netflix, 2016-2017)

"Shaolin's the DJ that we call conductor cuz Shaolin Fantastic's a bad motherf—"

Criação de Baz Luhrmann, The Get Down trazia a história da ascensão do hip-hop durante os dias de glória da Disco Music, focada nos jovens negros dos subúrbios de Nova York e em como reverteram sua própria narrativa com a conexão com política, religião e músicas de protesto.

Repleta dos excessos visuais que se espera de uma obra de Luhrmann, The Get Down trata-se de um drama musical com elenco competente e carismático, que tinha também seus óbvios problemas de ritmo, mas oferecia um olhar particularmente especial de um tema pouco explorado na TV. Contou ao todo com 11 episódios, disponíveis na Netflix.

Sense8 (Netflix, 2015-2018)

Definitivamente o cancelamento da Netflix que mais fez barulho nas redes sociais, Sense8 é uma complexa história que conecta oito pessoas que não têm aparentemente nada em comum, moram em locais completamente diferentes do globo e também não entendem exatamente por que de repente estão compartilhando pensamentos. Criada pelas irmãs Wachowski (da trilogia Matrix), a série foi cancelada pela Netflix após duas temporadas, devido aos altos custos de produção.

Após o cancelamento e as inúmeras movimentações de fãs pelo resgate, a Netflix cedeu (um pouco) e produziu um capítulo final para a história, que chega ao streaming em junho.

Pitch (FOX, 2016)

Dan Fogelman deu duas crias para a televisão em 2016. Uma para a NBC, This Is Us, um sucesso de público com lágrimas garantidas, e outra para a Fox, cancelada abruptamente após 10 episódios. Pitch conta a história de Ginny Baker (Kylie Bunbury), uma arremessadora que torna-se a primeira mulher a jogar na Major League de baseball. Enfrentando o preconceito e os fantasmas de seu passado, ela precisa provar para todos que merece estar ali.

Apesar do ineditismo da história, a trama não convenceu o público e acabou fazendo números modestos de audiência, motivo por que foi cancelada.

Enlightened (HBO, 2011-2013)

Laura Dern interpreta a auto-destrutiva Amy Jellicoe, que após ter uma crise nervosa no trabalho, resolve sair para um retiro espiritual e repensar suas atitudes. Ela volta para a casa da mãe (e para o trabalho) disposta a mudar quem é, retornar ao antigo posto e implementar novas estruturas organizacionais, mas vai acabar descobrindo da pior forma possível que está sempre muito longe do ideal.

A série foi cancelada pela HBO após duas temporadas, e embora tenha tido um final conclusivo, deixou saudades. Está disponível no HBO Go.

Dead Like Me (Showtime, 2003-2004)

Criação de Bryan Fuller, Dead Like Me acompanha a jovem Georgia Lass (Ellen Muth), que aos 18 anos, sem saber o que fazer da vida, morre. Mas é aí que sua história começa: ela torna-se uma das ceifadoras da morte, e então descobre qual era realmente o trabalho para o qual nasceu. Ou morreu.

Problemas nos bastidores, conflitos entre Bryan Fulller e a MGM Television e abandono por parte do elenco fizeram com que a série fosse cancelada sem cerimônia após duas temporadas e 29 episódios. Posteriormente, foi produzido o filme Dead Like Me: A Morte Lhe Cai Bem.

Lucifer (FOX, 2016-2018)

Um diabo entediado abandona o inferno e vai para a Terra abrir um piano-bar. Com Tom Ellis, Lauren German, D.B Woodside, a série da Fox foi cancelada após três temporadas, para o desespero dos fãs.

Don't Trust the B—— in Apartment 23 (ABC, 2012-2013)

Cartão de visitas de Krysten Ritter antes de se tornar Jessica Jones, Apartment 23 acompanha a descontrolada Chloe, festeira, mais preocupada com a bebida que com as contas, bastante irresponsável. Sua vida muda quando começa a dividir o apartamento com June (Dreama Walker), e apesar das diferenças elas acabam tornando-se amigas.

Apesar da fórmula gasta, a série ganha espaço pela excentricidade refrescante de Chloe, que faz da comédia algo até mesmo com ares progressistas. Com o cancelamento, os últimos episódios da segunda temporada estão fora de ordem, mas todos estão disponíveis na Netflix.

Dollhouse (FOX, 2009-2010)

Série de Joss Whedon, Dollhouse acompanha a organização homônima, que emprega homens e mulheres que podem ser qualquer coisa, a partir da implantação de memórias falsas. O problema começa quando Echo (Eliza Dushku) passa a ter consciência do que ela já fez, representando um problema para a Dollhouse — que, aliás, está sendo investigada por uma agente do FBI.

Apesar da recepção morna dos cinco primeiros episódios, muitos críticos consideraram a segunda parte da primeira temporada uma melhora na qualidade, e se empolgaram com a renovação para a segunda temporada — a Fox havia "aprendido", com o memorável e injusto cancelamento de Firefly, a dar uma chance para as séries de Whedon. Mesmo assim, a segunda temporada foi a última, tendo sido concluída em janeiro de 2010, fechando os 26 episódios.

Go On (NBC, 2012-2013)

Protagonizada por Matthew Perry, Go On acompanhava um radialista, apresentador de um programa esportivo, Ryan King. Ele tenta superar a morte da esposa, e para isso busca um grupo de apoio, o que o faz sair completamente de sua zona de conforto.

Apesar das críticas favoráveis, e até algumas boas comparações ao estilo de Community, a NBC a cancelou com uma temporada e 22 episódios.

The Crazy Ones (CBS, 2013-2014)

Criada por David E. Kelley (Big Little Lies) e protagonizada por Sarah Michelle Gellar e o saudoso Robin Williams, The Crazy Ones gira em torno da agência publicitária Roberts & Roberts, liderada por pai e filha, que criam maneiras inusitadas de manter os clientes sempre fiéis.

Com uma temporada de 22 episódios, a série teve uma recepção morna da crítica, que apontou um certo ar cartunesco na trama, mas ainda assim com charme agradável. Posteriormente, o próprio E. Kelley tornou-se ávido crítico da condução da série, que foi cancelada após 22 episódios.

AdoroCinema
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