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Título da Vila Isabel consagra carnavalesca mais vitoriosa em atividade

13 fev 2013 - 17h50
(atualizado às 18h06)
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Rosa Magalhães, 66 anos, está à frente da Unidos de Vila Isabel há dois anos
Rosa Magalhães, 66 anos, está à frente da Unidos de Vila Isabel há dois anos
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A vitória da escola de samba Unidos de Vila Isabel no Carnaval do Rio de Janeiro de 2013 entrou para o currículo de Rosa Magalhães como a sétima de sua carreira. Artista plástica e figurinista, a carioca de 66 anos é a carnavalesca em atividade que mais venceu até hoje. O campeonato conquistado neste ano, porém, foi o primeiro dela à frente da Vila Isabel - antes, Rosa havia vencido cinco vezes com a Imperatriz Leopoldinense e uma com a Império Serrano.

Veja classificação final e todas as notas da apuração no Carnaval do Rio de Janeiro

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Em 2013, a carnavalesca levou sua escola à avenida com o enredo "A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - água no feijão que chegou mais um", inspirado na vida do homem no campo. Rosa apostou na simplicidade do tema, do samba e das fantasias para mostrar os hábitos da zona rural do País.

Em 2001, ela havia vencido com a Imperatriz, com o enredo "Cana caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco, quero vê descê o suco na pancada do ganzá", em homenagem à cana-de-açúcar. Em 2000, a carnavalesca também venceu com a Imperatriz, que levou à Sapucaí o samba "Quem descobriu o Brasil foi Seu Cabral do dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval", sobre o descobrimento do País, em 1500.

No ano de 1999, a Imperatriz também ganhou sob a liderança de Rosa Magalhães, com o enredo "Brasil, mostra a tua cara em 'Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae'", sobre a expedição holandesa comandada por Maurício de Nassau ao País em 1637. Além dos sete títulos no Carnaval carioca, Rosa ganhou um troféu do Emmy, considerado o Oscar da televisão americana, pelo figurino da cerimônia de abertura dos Jogos Pan- Americanos de 2007.

Ela participa de Carnavais desde 1971, mas foi em 1988 que chefiou sozinha o desfile de uma escola de samba, a Estácio. Apesar de estar há mais de 40 anos no meio, Rosa diz que ainda precisa de uma ajuda para aguentar a tensão antes de entrar na avenida. "A véspera do desfile e o dia são muito tensos. Eu tomo uns comprimidos de calmante e vou linda e loira para o Sambódromo", disse ela.

"No dia do desfile, eu entrego a Deus, mas rezo para que não fure um pneu, o carro não enguice ou bata. Durante a passagem da escola prefiro ficar mais no final, procuro um buraquinho, um cantinho atrás do carro de som e me enfio lá. Não vejo nenhuma escola no domingo e na segunda, gosto de ver o desfile das campeãs, aí eu já estou relaxada, pois já ganhei ou já perdi. Sei o resultado e é mais tranquilo", afirmou Rosa.

Fonte: Terra
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