Cinco filmes que destacam a história do Carnaval carioca
Prefeitura do Rio listou obras que ajudam a contar a trajetória e relevância da tradicional festa
Enquanto as escolas de samba não vão para a Avenida, você pode conferir a lista de cinco filmes que contam a história do Carnaval carioca, preparada pela prefeitura do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, com #PrefeituraRio, você pode indicar outras obras com a temática carnavalesca. Confira.
O samba que mora em mim
Localizado no Morro da Mangueira e retratando a escola verde e rosa, o documentário O Samba que Mora em Mim começa no período de pré-Carnaval, na quadra da Estação Primeira. Ali, a diretora Georgia Guerra-Peixe conta o que a festa carnavalesca significou na sua vida e na da sua família. Uma ótima produção para quem gosta de documentários e de samba.
Orfeu Negro
Filme de 1959, dirigido por Marcel Camus, que também assina o roteiro com Jacques Viot. O script foi inspirado na peça teatral Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. A trilha sonora é de Tom Jobim e Luís Bonfá. Vinícius e Antônio Maria também tiveram músicas incluídas, assim como Agostinho dos Santos, que interpretou a música-tema de Orfeu, Manhã de Carnaval. Dá para ser mais carioca? O enredo é inspirado na mitologia grega, na história de Orfeu e Eurídice. A adaptação ambientou a obra no Brasil, em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval. O longa ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960, representando a França, e teve outra versão em 1999, sob o nome Orfeu, dirigida por Cacá Diegues. A produção original também venceu a Palma de Ouro em Cannes na época.
Carnaval Atlântida
Esta produção de 1952 coloca Oscarito como Xenofontes, um professor contratado como consultor para uma adaptação de Helena de Tróia para o cinema. Contudo, funcionários do estúdio querem transformar o épico grego em uma comédia carnavalesca. José Carlos Burle e Carlos Manga dirigiram a produção, que contou ainda com Grande Otelo e José Lewgoy. O lendário diretor norte-americano Cecil B. de Mille (Sansão e Dalila) é satirizado com um personagem de nome Cecílio B. de Milho, vivido por Renato Restier.
Isto é Noel
O diretor catarinense Rogério Sganzerla dirigiu clássicos filmes brasileiros como O Bandido da Luz Vermelha e A Mulher de Todos. O documentário Isto é Noel entra na galeria de seus melhores filmes. A produção mistura cenas reais com ficção. "Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas não é mera coincidência. Este filme inspira-se livremente na vida de Noel Rosa, não sendo, necessariamente, uma bibliografia", diz o texto no início da película. Noel é considerado um dos maiores mestres do samba.
Favela dos meus amores
O diretor Humberto Mauro lançou esta produção em 1935. Humberto Mauro e Henrique Pongetti assinam o roteiro do filme, que contou com a colaboração da Portela – a escola de samba aparece nas cenas com sua música, é claro. O enredo conta a história de um cabaré para turistas, que também é cenário para um romance. A trilha sonora contou com Ary Barroso, Orestes Barbosa, Custódio Mesquita, Antônio Nássara, Sílvio Caldas e outros.