Herdeiro do axé? Como Leo Santana se tornou principal expoente da música baiana com seu pagodão
Cantor admite ter sofrido influência do gênero musical
Se você disser que Leo Santana canta axé, é bem provável que muita gente revire os olhos. Na verdade, um dos maiores nomes da música baiana – literalmente – é um dos grandes representantes do pagodão. Inclusive, esse é o nome de uma das canções do GG.
- - Este é o terceiro episódio da série de reportagem Vozes do Axé, que resgata os 40 anos do gênero musical a partir da história de cantores e cantoras --Armandinho, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Gilmelândia e Léo Santana-- que levaram esse som baiano para o mundo.
O que ninguém pode negar é que toda a formação musical de Leo Santana, nascido em Salvador, sofreu influência do axé. Afinal, o gênero completa 40 anos em 2025, apenas quatro a mais do que o Gigante.
“Desde pequeno sempre tive muito contato com a música e com a arte. E o axé sempre esteve presente nas canções, nas batidas e na arte”, falou Leo em entrevista ao Terra.
O pagode baiano, que tem Leo como seu principal expoente na atualidade, surgiu depois do axé e ganhou força no início dos anos 90. Além do GG, o gênero também consagrou nomes como Xanddy Harmonia, Parangolé e muitos outros
“O axé music é um ritmo que deu origem a muitos outros, como o próprio pagode, que tem as batidas percussivas muito parecidas com as do axé. Fazer parte de uma história como essa, é saber que faço parte da cultura e da história da minha cidade, do meu estado e do meu povo”
O estilo musical será homenageado no bloco de Leo com a ajuda de Lore Improta, sua mulher que é dançarina. Ela já usou looks em homenagem ao Chiclete com Banana, É o Tchan e outros representantes do axé.
O cantor já admitiu mais de uma vez que sua trajetória é inspirada por bandas como É o Tchan, mas Leo gosta de citar outros grupos que estiveram em sua formação musical como Exaltasamba e Claudinho de Buchecha.
E para mostrar essas diversas influências em sua formação musical, Leo Santana trará para as ruas de Salvador até kpop.
“Eu sempre fui muito ligado na cultura pop, nas tendências e em tudo que rola no universo da arte. Então, resolvi fazer essa homenagem e trazer esse universo para mais perto do nosso pagodão e do carnaval de Salvador. O k-pop me foi apresentado pela minha equipe e eu fiquei encantado quando conheci um pouco mais dessa cultura, que é tão rica. A música coreana tem uma batida que eu curti demais e por isso resolvi trazer para essa homenagem também”, finalizou.