PUBLICIDADE

Prada lança programa de diversidade após acusação de racismo

Iniciativas visam reforçar o compromisso com inclusão

13 mai 2021 - 15h53
(atualizado às 16h38)
Compartilhar
Exibir comentários

A grife italiana Prada anunciou nesta quinta-feira (13) um conjunto de iniciativas para reforçar o compromisso com a diversidade, a equidade e a inclusão na empresa e na indústria da moda como um todo, para combater acusações de racismo.

"Estamos muito orgulhosos em anunciar este programa articulado, que reflete o compromisso do Grupo Prada em cultivar, contratar e reter talentos na empresa, no que diz respeito à diversidade e para criar uma cultura inclusiva", celebrou Lorenzo Bertelli, chefe de Marketing e Responsabilidade Social Corporativa da grife.

Para aumentar a representatividade no setor, a marca de luxo lançou um programa de estágio remunerado, firmou parceria com o Fashion Institute of Technology de Nova York (FIT) para a constituição de bolsas de estudo para a formação de profissionais da indústria da moda e universitários negros nos Estados Unidos e na África.

O grupo está também trabalhando com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para desenvolver um curso de formação dedicado à moda - que será lançado inicialmente em Gana e no Quênia - , cujo objetivo é promover a igualdade de gênero na África.

Além disso, a Prada irá colaborar com o artista e inovador social Theaster Gates para criar um "laboratório de design", destinado a designers e artistas de comunidades minoritárias em Chicago, Nova York e Los Angeles.

"O Grupo Prada está realizando ações reais e significativas que irão expandir a carreira e as oportunidades profissionais para pessoas de cor na indústria da moda", disse Malika Savell, diretora de diversidade, equidade e inclusão da Prada América do Norte, em um comunicado.

A executiva acrescentou que a Prada reconhece "as barreiras para entrar na indústria da moda e a importância da representação".

Em 2018, a Comissão de Direitos Humanos de Nova York abriu um inquérito contra a grife italiana depois que a empresa foi duramente criticada por vender estatuetas semelhantes às caricaturas racistas historicamente usadas para desumanizar os negros.

As chamadas criaturas "Pradamalia" - destacadas na vitrine de sua loja no Soho, em Nova York - provocaram indignação por seus lábios vermelhos exagerados, que lembravam caricaturas "blackface".

Para encerrar a investigação, a Prada concordou em "investir em esforços de justiça restaurativa para combater o racismo e promover a diversidade e inclusão nas atividades de negócios, publicidade e produtos da marca", segundo uma declaração de fevereiro de 2020.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade