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PhotoEspaña exibe passado e futuro da fotografia do continente americano

29 mai 2017 - 11h45
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Madri, 29 mai (EFE). - As últimas tendências da fotografia contemporânea dividem espaço na Casa de América, na Espanha, com paisagens do Parque Nacional de Yosemite, nos Estados Unidos, retratadas em meados do século XIX e com uma visão da Amazônia inspirada em um livro do paraense Inglês de Sousa escrito há quase 125 anos.

Ao todo, três exposições muito diferentes formam a contribuição da Casa de América para o PhotoEspaña, o festival internacional de fotografia e artes visuais, que este ano completa 20 anos. "Confluências - Transatlântica 10 Anos", "Contos amazônicos" e "Watkins, a paisagem dos Estados Unidos na coleção fotográfica de Sorolla" são as três mostras que podem ser vistas na Casa de América até 20 de julho.

Dezoito fotógrafos de oito países criaram "Confluências", o projeto do PhotoEspaña na Iberoamérica para promover trabalhos de criadores emergentes latino-americanos.

De acordo com a diretora do PhotoEspaña, María García, "Confluências" não representa uma revisão bairrista da fotografia na América Latina, mas tira seus autores do contexto local e os insere no marco internacional para fazer uma análise de que está acontecendo no meio fotográfico. Com esta mostra, segundo ela, eles tentaram mostrar quais os usos da fotografia na atualidade em facetas como a pós-fotografia, a fotorreportagem e a fotografia de autor, por exemplo.

A Casa de América também dá abertura a "um pequeno projeto monográfico delicioso" do paulista Rafael Milani inspirado no livro "Contos amazônicos" (1893).

"É uma coleção de histórias sobre a Amazônia entendida como cosmos", explicou María.

Segundo ela, são 13 imagens com uma "atmosfera sobrenatural" que respeita a dualidade entre realidade e fantasia da obra que Inglês de Sousa publicou em 1893.

Já "Watkins" é composta de 30 imagens de paisagens do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, feitas em meados do século XIX por Carleton Watkins, um dos grandes fotógrafos americanos da época. A coleção veio do Museu Sorolla, em Madrid, pois Archer Milton Huntington, fundador do Hispanic Society of America, deu as obras de presente ao pintor Joaquín Sorolla.

O projeto era que Joaquín Sorolla fosse aos Estados Unidos para pintar essas paisagens, mas isso nunca aconteceu, segundo o diretor da Casa de América, Santiago Miralles, que destacou a "grande qualidade" das fotografias que permaneceram no arquivo pessoal do pintor.

Em 16 edições, o PhotoEspaña promoveu "792 mostras nos principais museus, salas de exposições, centros de arte y galerias" da Espanha e anualmente atrai cerca de 700 mil pessoas, conforme os organizadores.

EFE   
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