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Pesquisador cria nova teoria sobre globo de Da Vinci

Obra foi a 1ª a retratar países como Brasil e Japão em um mapa

9 jun 2019 - 15h19
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O pesquisador belga Stefaan Missinne, autor do livro "O Globo de Da Vinci", apresentou uma nova teoria sobre o famoso globo terrestre desenhado pelo gênio italiano para mapear o "Novo Mundo" no ano de 1504.

    O globo, que possui o tamanho de um ovo de avestruz, foi descoberto na Real Sociedade Geográfica, em Londres, no ano de 2012. De acordo com Missinne, a obra do italiano serviu como modelo para o globo de Hunt-Lenox.

    Da Vinci criou essa representação do "Novo Mundo" com base nos dados coletados por exploradores europeus, como Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Américo Vespúcio. Além disso, o objeto possui o desenho mais antigo em globo de países como Brasil e Japão.

    A América do Sul, por exemplo, é denominada como "Mundo Novo", "Terra de Brazil" e "Terra de Santa Cruz". Já a América do Norte é retratada como um conjunto de ilhas e não possui nenhum nome.

    Segundo o pesquisador, Vespúcio usou pela primeira vez o termo "Mundo Novo" em uma carta mandada para Florença, na Itália, em 1503.

    "Nenhum outro globo do mundo tem o Tratado de Tordesilhas gravado. [Da Vinci] transmitiu uma profecia, a sabedoria do mundo e os perigos, não só os animais, mas também aspectos humanos", explicou Missinne, em entrevista à ANSA.

    O mapa de Da Vinci possui diversos tipos de monstros, um naufrágio, um vulcão, veleiros, choques de onda e 71 nomes de lugares. Além disso, o italiano deixa claro a presença de dragões.

    "O dragão é para Leonardo prudência, sabedoria e precaução. Os diamantes significam para você não ser cegado pela luz e a ganância", afirmou o pesquisador.

    Missinne também aponta que Da Vinci enviou uma mensagem alertando que "viajar pelo mundo poderia ser perigoso". O italiano também indicava que os exploradores deveriam "saber nadar". O gênio registrou ainda uma rota mais simples do que contornar a África para chegar na Ásia.

    O globo feito por Da Vinci está atualmente na Biblioteca Pública de Nova York, nos Estados Unidos.

Ansa - Brasil   
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