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França anuncia empréstimo de obras de Da Vinci, mas Itália nega

Ministro italiano disse que nenhuma decisão foi tomada

3 mai 2019 - 18h17
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O ministro da Cultura da França, Franck Riester, anunciou nesta sexta-feira (3) que a Itália emprestará duas obras de Leonardo Da Vinci, incluindo o célebre "Homem Vitruviano", para uma exposição no Louvre em homenagem pelos 500 anos da morte do gênio, mas a informação foi prontamente desmentida por Roma.

O célebre desenho "Homem Vitruviano", que pertence ao acervo das Galerias da Academia, em Florença
O célebre desenho "Homem Vitruviano", que pertence ao acervo das Galerias da Academia, em Florença
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em entrevista a uma emissora local, Riester disse que a cultura serviu para "reaproximar" os dois países, que protagonizaram inúmeros embates políticos e econômicos nos últimos meses. "Para a bela exposição organizada no Louvre pelos 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci, a Itália emprestará à França o 'Homem Vitruviano' e o 'Autorretrato'", afirmou.

Poucos minutos depois, no entanto, o ministro italiano dos Bens Culturais, Alberto Bonisoli, se disse "obrigado a desmentir as palavras" de seu colega. "Esclareço que, durante minha visita institucional [a Paris] com o presidente Sergio Mattarella, nada foi decidido de ambos os lados", declarou, por meio de uma nota.

O "Autorretrato" está guardado na Biblioteca Real de Turim, enquanto o "Homem Vitruviano" fica nas Galerias da Academia, em Veneza. No ano passado, o Ministério dos Bens Culturais, que é comandado pelo partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), já havia anunciado a intenção de revisar um acordo assinado em 2017 e que previa o empréstimo de obras de Leonardo para o Louvre.

A megaexposição em Paris está programada para setembro de 2019, e a Itália havia aceitado ceder à França todas as pinturas e desenhos do gênio em seu poder, à exceção da "Adoração dos Magos", que está nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, e é irremovível.

O ministério justificava que ceder tantas obras colocaria a Itália à margem das celebrações pelo 500º aniversário da morte de Leonardo. Em contrapartida, a França emprestaria quadros de Rafael para uma grande exposição sobre o mestre programada para 2020.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, esteve em Paris na última quinta (2) para celebrar os 500 anos de falecimento de Leonardo, mas não deu declarações sobre a polêmica.

Ansa - Brasil   
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