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Comitê recomenda Colinas do Prosecco como Patrimônio Mundial

Unesco decidirá sobre a candidatura no dia 7 de julho

9 jun 2019 - 11h55
(atualizado às 12h13)
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O Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos, na siga em inglês) recomendou na última sexta-feira (7) a inclusão das colinas produtoras de Prosecco, o vinho italiano mais consumido no mundo, na lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade da Unesco.

Colinas do Prosecco são conhecidas por seu terraceamento com bordas herbosas
Colinas do Prosecco são conhecidas por seu terraceamento com bordas herbosas
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

O Icomos foi fundado em 1965 e tem a função de indicar os locais a serem tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O Comitê do Patrimônio Mundial se reunirá para discutir a candidatura das "Colinas do Prosecco" em 7 de julho, em Baku, no Azerbaijão.

A Itália postulou a zona produtora do espumante em janeiro de 2017 e esperava seu reconhecimento como Patrimônio Mundial da Humanidade na reunião de julho de 2018, mas a candidatura acabou recebendo apenas 12 votos a favor, sendo que o tombamento exige pelo menos 14.

"Os aprofundamentos [da candidatura] foram efetuados e são positivos", diz o Icomos. As Colinas do Prosecco ficam na região do Vêneto, nordeste da Itália, mais precisamente entre as cidades de Conegliano e Valdobbiadene. Essa área engloba uma superfície de cerca de 9,1 mil hectares.

Ao longo do último ano, técnicos do Vêneto conduziram novas pesquisas bibliográficas e de arquivo, principalmente sobre o aspecto de "mosaico" dos vinhedos e sobre o método de cultivo das videiras.

"É a realização de um sonho perseguido há 10 anos", comemorou o governador do Vêneto, Luca Zaia - as discussões para a candidatura começaram em 2009. Segundo Mauro Agnoletti, coordenador científico do dossiê italiano, o iminente sucesso do pleito das Colinas do Prosecco em 2019 se deve a um maior foco na paisagem agrária, e não mais apenas no produto.

"O dossiê anterior não contava as belezas das colinas de Valdobbiadene, onde, desde a Idade Média, o terraceamento com bordas herbosas constitui uma forma histórica de cultivo das videiras. Foram então colocadas em segundo plano as zonas viticultoras sem grande qualidade paisagística", explicou, em entrevista à ANSA.

Ansa - Brasil   
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