A paulista Karen Bazzeo, 30, tem usado um hobby de infância, o crochê, em instalações em muros de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
"O crochê não costuma ser visto como arte de rua, mas esse movimento está começando", diz ela. "Temos cada vez mais gente se expressando pelo grafite e mais pessoas se sentindo parte do espaço público. A arte é também uma interação com as pessoas: muita gente tem entrado em contato comigo ao ver minha assinatura nas obras."
A paulista Karen Bazzeo, 30, estava desanimada com seu trabalho como designer quando resolveu retomar um antigo hobby: o crochê. "Mas quis usá-lo como expressão artística", diz ela. Há um ano, ela se dedica integralmente à arte com crochê, o que inclui intervenções urbanas em cidades como São Paulo e Rio. O trabalho acima foi feito na Ladeira do Castro, Lapa, no Rio, em dezembro passado, como parte de um projeto de revitalização do local.
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
"O crochê não costuma ser visto como arte de rua, mas esse movimento está começando", diz Karen, que levou uma semana para terminar a instalação na Lapa. "Não há moldes, então faço da minha cabeça. Às vezes desenho antes no papel."
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
Parte da instalação traz versos da poeta portuguesa Sophia de Mello: "Mar, metade de minha alma é feita de maresia". Karen chamou uma amiga, Carolê Marques, para fazer os detalhes em renda do projeto.
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
Karen também está trabalhando em conjunto com os amigos grafiteiros Felipe Primat e Julio Falaman, como nesta instalação em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Mas dela sobraram apenas fotos: a instalação acabou sendo removida alguns dias atrás, evidenciando o caráter efêmero do trabalho.
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
"Como há a textura (do crochê), as pessoas querem mexer. É assim. A instalação dura o tempo que tiver de durar", afirma Karen.
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
Este rabo de sereia foi feito no Arco do Telles, no Rio, inspirado na canção "Ciranda para Janaína", de Kiko Dinucci e Jonathan Silva. "Parte do trabalho é ocupação do espaço público em cidades grandes tão cinzas", diz Karen.
Foto: Lucas Hirai / Divulgação
Ela diz que às vezes trabalha sob encomenda, "mas às vezes vou à rua, coloco (o crochê) e pronto. Como se fosse mesmo um grafite". O coração acima foi feito na região do Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, inspirado na canção "A Baladeira", de Alessandra Leão e Juliano Ferreira de Holanda.
Foto: Renata Ottoni / Divulgação
"Temos cada vez mais gente se expressando pelo grafite e mais pessoas se sentindo parte do espaço público. A arte é também uma interação com as pessoas: muita gente tem entrado em contato comigo ao ver minha assinatura nas obras", diz Karen.
Foto: Renata Ottoni / Divulgação
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Seu trabalho pode ser visto no Instagram e no Facebook como @dolorezcrochez.