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Agnès Varda, grande nome do cinema francês, morre aos 90 anos

29 mar 2019 - 11h18
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A cineasta belga Agnès Varda morreu aos 90 anos, em decorrência de um câncer, na manhã desta sexta-feira em sua casa na Rue Daguerre, em Paris, informou uma porta-voz da Ciné-Tamaris, sua produtora.

A cineasta Agnès Varda reage após receber prêmio honorário no Festival de Cannes, no sul da França
24/05/2019
REUTERS/Regis Duvignau
A cineasta Agnès Varda reage após receber prêmio honorário no Festival de Cannes, no sul da França 24/05/2019 REUTERS/Regis Duvignau
Foto: Reuters

Contemporânea de lendas cinematográficas como François Truffaut e Jean-Luc Godard, Varda ganhou um Oscar honorário em 2017 e o Berlinale Camera, prêmio de reconhecimento pelo conjunto de sua carreira, no Festival de Berlim em fevereiro.

Seu filme mais recente, "Agnes by Varda", que mostra a cineasta debatendo sua obra com o público e fragmentos de suas primeiras produções, foi feito para ajudar na despedida de seus fãs.

"Eu preciso me preparar para dizer adeus e ir embora", disse Varda em uma coletiva em fevereiro em Berlim.

Nascida em 30 de maio de 1928 em Bruxelas, ela se tornou um nome emblemático da Nova Onda do cinema francês, em 1962, com o filme "Cléo das 5 às 7", além de colecionar sucessos aclamados pela crítica, incluindo "Uma Canta, a Outra Não" (1977) e o documentário "Os catadores e eu".

Rara voz feminina no movimento da Nova Onda, o trabalho de Varda é frequentemente considerado feminista devido à presença de mulheres como protagonistas.

"Mulheres precisam fazer piadas sobre si, rir sobre si, porque elas não têm nada a perder", disse ela uma vez.

Varda esteve envolvida com produções cinematográficas até o fim. Aos 89 anos, ela firmou parceria com o fotógrafo e muralista conhecido como JR no filme "Olhares, Lugares", que mostra a dupla em viagem pela França rural encontrando cidadãos locais e fortalecendo a própria amizade.

"Abalado, emocionado e de luto: esses sentimentos que vêm à cabeça com a certeza de que acabamos de perder uma das maiores artistas do nosso tempo", disse o ministro da Cultura francês, Franck Riester, no Twitter.

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