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Sonho de Vênus lembra presença de Dalí em Feira Mundial 1939

Sexta, 20 de junho de 2003, 19h22

A criatividade e o sentido provocativo de Salvador Dalí ficou bem patente no pavilhão Sonho de Vênus, que produziu para a Feira Mundial de 1939 em Nova York e que agora é tema de uma exposição do Museu de Arte do Queens.

A mostra que começa no próximo domingo e permanecerá até o dia 7 de setembro, tempo suficiente para que os nova-iorquinos saboreiem mais uma vez um pouco da genialidade do artista catalão.

"Para o Museu é uma oportunidade fabulosa. Este é o último edifício que ainda resta daquela Feira e serve agora para mostrar quando Dalí veio ao Queens e realizou um maravilhoso pavilhão", declarou a EFE o diretor-executivo do Museu de Queens, Tom Finkelpearl.

O singular pavilhão, cuja fachada repleta de linhas em arcos e protuberâncias tratava de evocar o estilo que Antonio Gaudí aplicou ao edifício barcelonês da Pedreira, serviu para que muitos visitantes da época apreciassem de perto uma expressão do surrealismo, mais conhecido na Europa que nos Estados Unidos.

Esta obra foi considerada também como uma expressão pioneira na arte das instalações e reflete, mais uma vez, a habilidade de Dalí para suscitar controvérsia e atrair o público em massa.

O pavilhão ficava em uma área dedicada ao entretenimento dentro do recinto da Feira Mundial. Por 25 centavos de dólar a entrada, só reservada aos adultos e que era adquirida em uma bilheteria com a forma da cabeça de peixe gigante, os visitantes chegavam a um mundo visionário e de forte conteúdo sexual, segundo os cronistas da época, que incomodou os conservadores e gerou uma notável polêmica.

Uma mulher nua, Vênus na versão de Dalí, aparecia deitada em uma cama vermelha e apresentava ao visitante, com a ajuda de desenhos e objetos, sonhos encenados por atores, alguns deles dentro de um tanque com água.

O pavilhão foi destruído, asim como outras instalações, ao fim da Feira Mundial, mas sua existência e repercussão em Nova York ficou bem documentada para a história em várias fotos, desenhos e outros materiais, recopilados em sua maioria pela Fundação Gala-Dalí.

"Esta exposição nos interessa muito, porque dá à Fundação um grande prestígio, e economicamente também é muito rentável, embora não me pergunte como, porque na verdade eu não sei", disse à EFE o presidente da Fundação, Ramón Boixados.

Boixados lembrou que o Museu de Queens quis acolher a mostra, ampliada com finnanciamento próprio, após vê-la no ano passado em Miami (Flórida). Durante uma recepção de inauguração realizada na noite de quinta-feira passada, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ficou feliz ciom o fato da cidade oferecer agora mais opções culturais com a ajuda de Dalí.

"Isto é parte de Nova York, é parte da História e Dalí é parte de nosso tempo", disse Bloomberg, que aproveitou a ocasião para visitar a mostra. O ato de inauguração foi encerrado com um recital do pianista Adam Kent, um dos maiores conhecedores nos EUA dos clássicos espanhóis.
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Efe

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