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Xangai Baby mostra choque do mundo em transformação


Domingo, 02 de junho de 2002, 09h04

O choque entre novos valores ocidentais e as antigas tradições orientais é o pano de fundo da história contada em tom autobiográfico pela jovem escritora chinesa Wei Hui em seu livro de estréia, Xangai Baby (Ed. Globo, 357 pgs), recém-lançado no Brasil.

Xangai já foi uma região pontilhada pelas chamadas "concessões estrangeiras", territórios isolados sob a jurisdição de potências como a Grã-Bretanha, aos quais o acesso de chineses era rigorosamente controlado.

Hoje, a transformada cidade abre-se inteira: o choque cultural que sofreu com a mudança de rumos na política e na economia foi imenso e deixou desnorteada boa parte da população local, cujos hábitos mudaram do disciplinado maoísmo para o voraz consumismo característico das sociedades ocidentais.

No meio disso tudo está Wei Hui, de 27 anos. Ela acabou sendo proibida na China, tachada de "decadente, devassa e escrava da cultura estrangeira", e seu romance não deixa dúvidas sobre o motivo de tais acusações.

A protagonista da obra, que é também escritora, vive um estranho caso de amor com um jovem chinês impotente, Tian Tian, e mora no apartamento dele. Ambos vivem às custas da mãe de Tian Tian, a próspera dona de um restaurante na Espanha que não vê o filho há anos, mas que o sustenta com uma substancial mesada.

Enquanto tenta escrever um romance, ela vive um tórrido relacionamento puramente sexual com o funcionário de uma multinacional alemã, que a trata com brutalidade e desperta seus sentimentos masoquistas. O chinês impotente e o estrangeiro machão tornam-se, assim, os emblemas da realidade do país, em que as maravilhas da sociedade de consumo - cremes japoneses e tênis Adidas, automóveis alemães e lojas de departamentos, sushis e café expresso, danceterias e academias de ginástica - são as novas estrelas-guias que substituem o velho mundo, emasculado pela modernidade.

Fortemente influenciada por Henry Miller, Wei Hui aprofunda-se na descrição de suas aventuras em boates e bordéis, nos relatos de seu próprio cinismo diante de Tian Tian e na animada vida sexual do ambiente em que vive, regada a muitas drogas e álcool.

Em meio à fascinação e ao movimento caótico, a protagonista busca um novo conjunto de regras que possa orientar o seu comportamento, enquanto a velha ética foi derrubada - o que coloca sobre as mudanças econômicas da cidade e os seus reflexos na vida de seus moradores um grande ponto de interrogação.

Reuters

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