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Bauhaus revoluciona design em favela carioca


Quinta, 19 de julho de 2001, 18h32

Oito décadas após a fundação da Bauhaus, a famosa escola de design alemã planeja um renascimento no século 21 -- e ele vai acontecer na favela carioca do Jacarezinho.

Partindo de sua tradição de criar bens com custo ao alcance das massas, uma nova geração de discípulos da Bauhaus e dois funcionários da prefeitura do Rio de Janeiro pretendem colocar em ação um plano urbanístico ousado na favela.

"Não queremos construir apenas mais um projeto arquitetônico -- queremos gerar perspectivas sociais e econômicas para os moradores daqui", disse o arquiteto alemão Dietmar Starke, funcionário da prefeitura carioca.

O projeto piloto pede a derrubada de um punhado de casas de blocos em três quadras do Jacarezinho, abrindo pátios para permitir a entrada de luz nas casas escuras e construindo novas residências em vários níveis.

Demolição

A demolição vai começar em janeiro, e a previsão é que as obras estejam concluídas até 2003. A chamada Célula Urbana também terá um cibercafé, lojas, uma escola de dança, teatros e oficinas de costura espalhados pelos pátios.

"Estamos adorando. Não é todo dia que a Bauhaus se muda para a favela, trazendo cultura e oportunidades", disse a ambulante Carmen Maria Pereira, de 45 antes. "Mesmo que não me beneficie, vai ser bom para meus filhos ou netos."

É por essa razão que a Célula Urbana goza de amplo apoio entre os 50 mil moradores da favela, mesmo aqueles que podem perder suas casas a curto prazo. A favela do Jacarezinho foi escolhida devido à sua proximidade a uma avenida grande e à linha do metrô, facilitando a integração da favela com quem vem de fora. Além disso, é uma das maiores favelas do Rio e os investimentos do governo estão longe de resolver seus problemas.

Ironicamente, o projeto Jacarezinho será o primeiro realmente desenhado pela escola Bauhaus, fundada em 1919 por Walter Gropius. Enquanto a escola de arte e arquitetura Bauhaus desencadeou uma revolução no design, os edifícios que idealizou sempre foram projetados e construídos pela firma particular de Gropius.

Vínculos

Segundo o diretor da Fundação Bauhaus, Omar Akbar, uma das principais metas do projeto Jacarezinho é criar um vínculo com o movimento histórico Bauhaus.

"Nos anos 1920, a Bauhaus tratava dos problemas dos pobres da Europa. Mas o mundo está mudando, e agora nosso desafio é resolver os problemas de favelas internacionais", disse Akbar, depois de passar duas semanas no Jacarezinho.

Nos anos 1920, o movimento Bauhaus introduziu a filosofia da função tendo preferência sobre a moda e ergueu centenas de residências austeras para as massas na Europa. Agora, no século 21, o movimento está voltado à solução de problemas de desenvolvimento urbano em lugares como o Egito e a Etiópia.

Para dar os retoques finais ao projeto Jacarezinho, Akbar e um grupo de 20 arquitetos, artistas e economistas da Bauhaus se hospedaram na favela por duas semanas no início do mês. Os jornais deram fotos dos "invasores", altos e loiros, ouvindo samba e comendo peixe frito com os moradores do Jacarezinho.

Reuters

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