Segundo o farmacêutico-bioquímico Thomas Prates Ong, da USP, "o arenque é uma boa fonte de ômega 3, favorecendo a manutenção de
níveis
saudáveis de colesterol no sangue".
Habitat: mar (vive nas águas temperadas e rasas do Atlântico Norte, do Mar Báltico, do Pacífico Norte e do Mediterrâneo).
Nutrientes de destaque: ômega 3 e vitamina D.
Como escolher: pressione a carne do peixe: ela deve apresentar resistência, não pode ficar muito marcada e nem furar. As guelras devem
estar avermelhadas e as escamas não podem se soltar.
Benefícios: auxilia o sistema imunológico e pode aliviar alguns sintomas da psoríase – doença crônica inflamatória de pele.
Produto nobre da gastronomia oriental, o atum é rico em ômega
3. Por ser extremamente saudável e muito saboroso, sendo
umas das espécies mais cobiçadas pelos pescadores. Sua
carne vermelha resulta de um sistema vascular capaz de efetuar
trocas de calor eficazes em águas frias, o que permite a ele
percorrer grandes extensões rapidamente. Chega a nadar
170 km em um mesmo dia.
Habitat: mar (regiões tropicais e subtropicais de todos os
oceanos).
Nutrientes de destaque: ferro, fósforo, magnésio, niacina,
ômega 3, selênio, sódio, vitamina B6 e vitamina B12.
Como escolher: se o atum estiver em postas, a cor deve estar
brilhante e a carne bem firme. Além disso, o odor deve lembrar
algas ou maresia. Se for comprar atum em lata, observe o
estado da embalagem, que não pode estar amassada, e a data
de validade do produto.
Benefícios: bom funcionamento do coração e do sistema
imunológico, ajuda a reduzir os níveis de colesterol e de
triglicérides (mau colesterol) no sangue, melhora a flexibilidade
das artérias, tem efeito anti-inflamatório e previne anemia.
Peixe de águas geladas, o bacalhau é uma espécie ameaçada de
extinção. Ao menos o Cod, mais conhecido como "bacalhau verdadeiro".
A diminuição da oferta do peixe ampliou a busca por outras espécies
vendidas também como bacalhau, por terem a carne igualmente salgada
para comercialização. Em qualquer um dos casos, é uma ótima fonte de
cálcio. "Por isso, é um alimento essencial durante a gravidez", diz o
ginecologista Hélvio Bertolozzi, que é presidente da Comissão de
Prevenção de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
Habitat: mar (oceano Atlântico, as regiões mais frias do Canadá e da
Noruega, e também o oceano Pacífico, na costa do Alasca).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo, magnésio, ômega 3, potássio,
selênio, vitamina B12 e vitaminas do complexo B.
Como escolher: verifique se o bacalhau tem a superfície uniforme e
sem manchas escuras. Para confirmar se ele está bem seco, basta
segurá-lo pela cabeça e soltar a cauda. O peixe deve ficar quase reto.
Se dobrar, é sinal que está mal curado, ou seja, ainda úmido.
Benefícios: prevenção de várias doenças crônicas (arteriosclerose,
câncer e artrite), bom funcionamento da tireoide e dos sistemas
neurológico e imunológico, saúde dos ossos e dos dentes e regulador da
pressão sanguínea. Também auxilia nos processos digestivos.
O badejo, ou abadejo, é o nome comum dado a cerca de 15 espécies que têm
como características escamas escuras e o fato de viverem em tocas de costões
rochosos. Elas chegam a ter 1 metro de comprimento e mais de 90 kg.
Habitat: mar (costa marítima brasileira e todo o oceano Atlântico, ilhas
oceânicas e recifes de coral).
Nutrientes de destaque: fósforo, magnésio e selênio.
Como escolher: verifique se os olhos estão brilhantes e aperte a barriga do
peixe com um dedo para saber se a carne está firme. Ela não deve ficar
marcada.
Benefícios: contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico, atua
na regeneração celular e auxilia na saúde dos ossos e dos dentes. "Além disso,
o selênio inibe a formação de radicais livres, ligados aos processos
degenerativos", explica o farmacêutico-bioquímico Thomas Prates Ong.
Talvez não exista espécie mais comum do que o bagre. Das cerca de 2.200 conhecidas, de 40 grupos familiares, apenas duas são marinhas.
Os bigodes nos cantos da boca, que possuem função sensorial, são responsáveis pelo outro nome pelo qual é conhecido: peixe-gato. Vive em
águas escuras, varrendo o leito em busca de alimento – em geral, peixes menores.
Habitat: rio (habitam rios de águas pouco profundas das Américas do Norte, Central e do Sul. No Brasil, está especialmente no Mato Grosso,
no Mato Grosso do Sul e no Paraná).
Nutrientes de destaque: cálcio, ferro, iodo, vitaminas A, B12 e D.
Como escolher: observe se a pele do peixe está brilhante, tem cor homogênea e se as escamas estão bem aderidas ao corpo.
Benefícios: contribui ao bom funcionamento da tireoide. Por ser rico em vitamina D (85 g fornecem 112,5% da dose diária recomendada de
vitamina D para um adulto; o salmão e a cavala fornecem 90%, e o atum, 50%), favorece a manutenção da massa óssea e a fixação de cálcio
nos ossos.
A semelhança com o tubarão não é mera coincidência. Ambos os peixes pertencem à mesma espécie. Diferem o tamanho, os dentes e o ímpeto de caçador.
Em foto, ambos impõem respeito.
Habitat: mar (habita todos os oceanos, exceto o Mar Mediterrâneo, especialmente na plataforma continental).
Nutrientes de destaque: ômega 3, selênio e vitamina A.
Como escolher: se estiver inteiro, observe se o corpo está firme e brilhante. Se for comprado em postas, estas devem ter um aspecto fresco e translúcido e
não aparência branco-leitosa.
Benefícios: ajuda a preservar a saúde dos olhos e contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico, prevenindo infecções. Ana Lydia Sawaia,
fisiologista e professora de Fisiologia da Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), explica que o ômega 3 é um componente bioquímico
muito importante para a saúde do indivíduo. "É sempre preferível ingeri-lo por meio da alimentação, que constitui um complexo nutricional harmônico, do que
por meio de suplementos", afirma.
Originária de grandes rios e lagos da Ásia e da Europa, a carpa foi introduzida na América do Sul, onde sua criação em cativeiro é bastante comum.
Habitat: rio (países do Ocidente e do Oriente, em geral, com exceção da África).
Nutrientes de destaque: ômega 3, potássio e vitamina D.
Como escolher: as guelras devem estar brilhantes e ter cor vermelha, clara, sem marcas cinzentas. E a membrana que reveste a guelra deve estar rígida
e oferecer resistência à abertura.
Benefícios: auxilia o sistema imunológico e atua na redução dos fatores de risco associados a doenças cardiovasculares, psoríase, artrite e câncer. “Para
não anular os efeitos positivos do ômega 3, evite fritá-la, consumindo-a assada ou cozida, especialmente na dieta de crianças”, sugere a pediatra Fernanda
Luisa Ceragioli Oliveira.
A cavala, ou cavalinha, é um peixe agressivo e também um
caçador implacável. Chega a ter 1,5 m de comprimento e 50 kg,
constituindo uma ameaça a peixes menores, como a sardinha,
uma de suas presas favoritas.
Habitat: mar (regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil).
Nutrientes de destaque: ômega 3, selênio e vitamina D.
Como escolher: as guelras devem estar claras, avermelhadas
e brilhantes, sem marcas cinzentas. O cheiro não deve ser forte
nem azedo. Se estiver parecido com iodo ou amônia, é sinal de
que o peixe passou da data de validade.
Benefícios: favorece o sistema imunológico e pode aliviar
alguns sintomas da psoríase. "Além disso, a vitamina D é muito
importante para crianças, pois permite a fixação de cálcio nos
ossos", diz a pediatra Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira, que
também é presidente do Departamento de Nutrição da
Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
Peixe longilíneo que, de longe, lembra uma cobra marinha.
Isso porque pertence à família das enguias. No Brasil, é
encontrado nas costas catarinense e também gaúcha.
Habitat: mar (águas tropicais e temperadas dos oceanos
Atlântico e Pacífico).
Nutrientes de destaque: fósforo, magnésio, vitamina A, D e
do complexo B.
Como escolher: se o peixe estiver inteiro, deve ter aspecto
brilhante e odor de maresia. Se a opção for comprá-lo em filés
ou postas, verifique se têm aspecto fresco e translúcido, pois a
aparência branco-leitosa indica que o peixe está impróprio
para o consumo.
Benefícios: contribui para o bom funcionamento do sistema
imunológico, auxilia a regeneração de tecidos, é importante
para o desenvolvimento dos ossos e dentes e ajuda a
preservar a saúde dos olhos.
Peixe de porte pequeno (alcança 70 cm de comprimento), a corvina habita tanto o mar quanto as águas salobras. Encontrado em grande quantidade, é
uma das espécies-bases da economia pesqueira brasileira e argentina.
Habitat: mar (regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil e costa argentina).
Nutrientes de destaque: cálcio e vitaminas do complexo B.
Como escolher: a corvina fresca deve ter a carne firme, de consistência elástica, apresentar brilho metálico, olhos transparentes, brilhantes e salientes,
ocupando completamente as órbitas. As guelras devem estar rosadas ou vermelhas, úmidas e brilhantes.
Benefícios: contribui para a manutenção da massa óssea, favorece a saúde dos dentes e beneficia os processos relacionados ao material genético,
ajudando a modular os receptores de hormônios no organismo.
O apelido “rei dos rios” não é gratuito. O dourado é uma máquina de caça, não poupando sequer a própria espécie. A pesca de exemplares com menos de
60 cm é proibida, no Brasil. O peixe chega a ter 75 cm de comprimento e até 7 kg.
Habitat: rio (região do Pantanal mato-grossense)
Nutrientes de destaque: cálcio, potássio e vitamina D.
Como escolher: certifique-se de que as escamas estejam bem firmes e resistentes, além de translúcidas (transparentes) e brilhantes. A pele deve estar
úmida, tensa e bem aderida ao corpo do peixe.
Benefícios: auxilia na regeneração de tecidos, regula a pressão e o PH sanguíneos, facilitando os processos digestivos e as contrações musculares após
atividades físicas muito intensas.
*Agradecimento: NSA Pescados
Este é um peixe mais valorizado por suas ovas do que pela
própria carne, pois é a base do caviar, alimento que se produz
com ovas não fertilizadas e salgadas artificialmente. A espécie
vive igualmente em lagos, como o Mar Cáspio, no Irã, o maior
do mundo em área: 371 km quadrados.
Habitat: mar, lagos e rios (costas litorâneas subtropicais,
temperadas e subárticas da Europa, Ásia e da América do
Norte; Mar Cáspio).
Nutrientes de destaque: ômega 3, vitaminas A, B6, B12 e D.
Como escolher: se for escolher o peixe, a pele deve ser
brilhante e com as escamas bem firmes. A camada gelatinosa
que cobre a pele deve ser aquosa e transparente. No caso do
caviar, os de boa qualidade possuem grãos redondos, bem
delineados e distintos uns dos outros. As ovas podem ser
pretas, vermelhas ou acinzentadas. As latinhas de caviar fresco
contêm a iguaria pronta para consumo, não é necessário
temperá-la. É imprescindível manter o caviar sempre gelado (a
temperatura ideal é entre -2 e 2ºC).
Benefícios: contribui para o fortalecimento do sistema
imunológico e o desenvolvimento cerebral.
Peixe marítimo de hábitos discretos, a garoupa vive entocada em rochas e corais, fazendo da surpresa a sua principal estratégia de caça. Algumas
espécies chegam a pesar 300 kg e a ter 2,5 m de comprimento.
Peixe pequeno de corpo achatado e formato ovalado, o linguado chega a 50 cm de comprimento e a, no máximo, 3 kg. A parte superior é escura e a inferior, branca.
Tais características fazem da arte de se esconder no leito marítimo a sua estratégia de sobrevivência.
Habitat: mar (ao longo de toda a costa marítima brasileira, em águas rasas).
Nutrientes de destaque: fósforo, iodo, niacina, selênio e vitamina B12 e vitamina E.
Como escolher: a membrana que reveste a guelra deve estar rígida e oferecer resistência à abertura. Os olhos devem ser brilhantes e salientes, ocupando toda a
cavidade ocular.
Benefícios: tem ação antioxidante e atua no controle da deterioração celular. "Fósforo e selênio são alguns dos minerais fundamentais para o desenvolvimento e
crescimento no primeiro ano de vida", diz a pediatra Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira.
O nome define diversas subespécies de peixes com características semelhantes, como corpo alongado, cabeça comprida e escamas pequenas.
Possui grande valor comercial.
Habitat: mar (oceanos Atlântico, Pacífico e mar Mediterrâneo).
Nutrientes de destaque: fósforo, magnésio, ômega 3, potássio e vitaminas do complexo B.
Como escolher: verifique se os olhos estão salientes, a córnea está transparente e a pupila, negra e brilhante. Olhos encovados, córnea leitosa e
pupila cinzenta indicam que o peixe não está fresco.
Benefícios: contribui para a saúde dos ossos e dentes e para o bom funcionamento dos sistemas imunológico e neurológico, atuando tanto na
formação dos neurônios quanto na transmissão dos impulsos nervosos.
Peixe da família da piranha, o pacu é um peixe típico do Pantanal e da Amazônia, sendo também encontrado na bacia do Rio da Prata, que separa o
Uruguai e a Argentina. Embora o peso médio varie de 8 kg a 10 kg, há casos de pacus que chegaram a 30 kg. Sua carne, extremamente gordurosa e de
sabor forte, exige conhecimentos específicos de preparação para agradar aos paladares mais exigentes.
Habitat: rio (espécie nativa do Brasil, predomínio no Pantanal mato-grossense e na região amazônica)
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo, potássio, sódio, vitamina C e vitamina D.
Como escolher: observe se olhos estão salientes e a córnea, transparente e brilhante, bons indicadores de frescor. A camada gelatinosa que recobre a
pele deve ser aquosa e transparente.
Benefícios: preserva a saúde dos ossos e dentes. A combinação de sódio e potássio atua regularizando as batidas do coração e favorecendo o sistema
muscular.
*Agradecimento: NSA Pescados
Peixe abundante em rios de todos os continentes, a
perca possui três espécies que se destacam: a perca
europeia, a perca do Nilo e a perca gigante. Esta
última é comum no Oriente Médio, na Ásia e na
Austrália. Peixe de apetite voraz, a perca é capaz de
desequilibrar ecossistemas mal manejados pelo
homem. Ao ser introduzida no Lago Victoria, na África,
nos anos 1950, dizimou dois terços das outras
espécies ali presentes.
Habitat: rio (é encontrada em todo o mundo).
Nutrientes de destaque: fósforo, niacina, potássio,
vitamina B12 e vitamina D.
Como escolher: certifique-se da ausência de
manchas, furos ou cortes na superfície do peixe. A
pele deve estar úmida e bem aderida e as guelras
devem ser brilhantes, vermelhas e sem muco.
Benefícios: atua na proteção do fígado, da pele, dos
tecidos nervosos e do aparelho digestivo, além de
favorecer o bom funcionamento das células nervosas e
do sistema neurológico.
A espécie é um dos peixes mais comuns do litoral brasileiro,
contando com mais de 30 famílias diferentes. A pescada
amarela ganhou este nome por ter o ventre, as barbatanas e
o rabo com esta coloração, chegando a medir 1,5 m de
comprimento e a pesar até 20 kg. Tanto a amarela quanto a
branca são facilmente encontradas em áreas pedregosas e
de corais, onde encontram o seu principal alimento: peixes
pequenos e camarões.
Habitat: rio (Belém do Pará).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo, ômega 3, potássio
e selênio.
Como escolher: as mais conhecidas são a pescada
amarela e a branca. Suas escamas devem estar bem firmes
e resistentes. Os olhos devem estar brilhantes e salientes,
sem a presença de pontos brancos na parte central.
Benefícios: contribui para a diminuição dos níveis de
colesterol e de triglicérides no sangue, aumentando a
flexibilidade das artérias. "Além disso, o selênio e o zinco
inibem a formação de radicais livres", explica o
farmacêutico-bioquímico Thomas Prates Ong.
O dito popular "a união faz a força" traduz o poder da piranha. Um dos menores peixes carnívoros conhecidos – seu comprimento médio é de 25 cm –, ela ataca
em cardume e é extremamente rápida para devorar suas presas. Sua percepção é ativada pelo sangue presente na água. Os potentes dentes triangulares
compensam a boca pequena.
Habitat: rio (região do Pantanal). "O pacu, a piranha e o dourado são espécies largamente encontradas no Pantanal mato-grossense", diz a nutricionista e
pesquisadora Dulce Lopes Barboza Ribas, que também é professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo e potássio e vitamina D.
Como escolher: verifique se a carne está firme e a pele, brilhante. Teste a resistência pressionando o peixe com os dedos; se não deixarem marca, é um bom
indicativo de que está fresco. Os olhos devem ser salientes e brilhantes.
Benefícios: favorece a saúde de ossos e dentes, auxilia a regeneração de tecidos e atua como regulador da pressão e do pH sanguíneos.
Maior peixe da Amazônia e um dos maiores do mundo, o Pirarucu chega a atingir 3 metros de comprimento e a pesar 250 kg. A pesca desenfreada colocou a
espécie em risco de extinção. Desde o começo dos anos 1990, sua pesca é controlada, sendo que animais menores de 1 metro não podem ser comercializados.
Habitat: rio (Bacia Amazônica).
Nutrientes de destaque: cálcio, ferro, potássio e vitamina D.
Como escolher: certifique-se de que os olhos estejam brilhantes e salientes e a córnea, transparente. Preste atenção às escamas, que devem estar
transparentes e brilhantes: se o peixe tiver perdido parte das escamas, é sinal de que também perdeu frescor.
Benefícios: estimula a absorção de cálcio, promovendo a saúde de ossos e dentes, atua na regeneração dos tecidos, facilita o transporte de oxigênio e propicia a
formação de glóbulos vermelhos no sangue.
Peixe típico de rios que desaguam no mar, onde passa a maior
parte de sua vida, o robalo é considerado um bom indicador de
qualidade das águas. Isso porque a espécie é mais comum em
leitos limpos e claros, que facilitam a caça de crustáceos, seu
principal alimento.
Habitat: mar (em toda a costa brasileira, vive em águas salgadas
e salobras).
Nutrientes de destaque: cálcio, vitaminas A, C e do complexo B.
Como escolher: se estiver inteiro, observe se as guelras estão
vermelhas e os olhos, brilhantes. A carne deve ter consistência
firme. "O robalo é um dos peixes mais saborosos comercializados
no Brasil. Há duas espécies: flecha e peva. O mais encontrado no
mercado é o flecha", diz o chef Marcelo Malta Werdini, que
também é coordenador do curso superior de Tecnologia em
Gastronomia da FMU e especialista em peixes e frutos do mar.
Benefícios: ação antioxidante, favorece o sistema imunológico e
ajuda a manter a pele e o cabelo saudáveis.
A espécie é um símbolo de luta pela vida e, ao mesmo
tempo, de renúncia. Peixe dos mares, o salmão sobe aos
rios nadando contra a correnteza na época da
reprodução. A epopeia exaure tanto o salmão, que o
peixe morre em seguida à desova e fecundação.
Habitat: mar e rios (oceanos Pacífico e Atlântico).
Nutrientes de destaque: ferro, fósforo, magnésio,
niacina, ômega 3, potássio, selênio, vitamina A, vitamina
B1, vitamina B5, vitamina B6, vitamina B12 e zinco.
Como escolher: para saber se o salmão está fresco,
certifique-se de que a carne tem consistência firme. Se
estiver inteiro, confira se as guelras estão vermelhas e os
olhos, brilhantes. São indicadores de que o peixe está
fresco. O odor deve lembrar o de algas ou maresia.
Benefícios: saúde do coração, ossos, dentes e
regeneração dos tecidos. Os nutrientes presentes em
peixes podem atuar em processos relacionados ao
desenvolvimento de doenças, diminuindo a possibilidade
de sua ocorrência.
Peixe "primo" do arenque, a sardinha é caracterizada pelo tamanho
diminuto – não mais de 15 cm de comprimento – e o hábito de se
mover em cardumes. A estratégia lhe dá mais chances de
sobrevivência – tanto para se alimentar (de plâncton) quanto para fazer
frente a seus predadores.
Habitat: mar (ao longo de toda a costa do oceano Atlântico).
Nutrientes de destaque: albumina, cálcio, ferro, fósforo, niacina,
ômega 3, potássio, selênio e vitamina B12.
Como escolher: observar se as guelras estão vermelhas, sem muco,
e a carne está firme e não fica marcada ao ser pressionada com o
dedo. Os olhos devem estar salientes e brilhantes. Se o odor estiver
forte demais e lembrar o cheiro de amoníaco, é sinal de que o peixe
está em processo de deterioração. Especificamente no caso das
sardinhas, é normal que algumas escamas estejam soltas.
Benefícios: saúde cardiovascular, células nervosas e do tecido ósseo,
sistema neurológico e fabricação de glóbulos vermelhos. "Na gravidez,
o ômega 3 presente na sardinha pode atuar evitando processos
inflamatórios de endotélio e melhorando a circulação placentária",
explica o ginecologista Hélvio Bertolozzi.
Há mais de 70 espécies de tainha, o que ajuda a explicar a razão pela qual este peixe entrou para o cardápio de povos do mundo inteiro há séculos. Há
outras razões: de acordo com a nutricionista Maria de Fátima Nunes Marucci, que também é professora de Nutrição Clínica e Nutrição em Gerontologia
da Faculdade de Saúde Pública da USP, o ômega 3 contribui para evitar inflamações e atua na prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) e infarto
do miocárdio.
Habitat: mar e rio (regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil).
Nutrientes de destaque: fósforo, ômega 3, potássio e selênio. As ovas da tainha são ricas em vitamina C.
Como escolher: verifique se a pele do peixe está úmida, tensa e bem aderida. Os olhos devem ocupar toda a cavidade, estar brilhantes e salientes,
sem a presença de pontos brancos ao centro. Atenção às guelras: diferentemente dos outros peixes, quanto mais vermelha for a guelra da tainha,
menos fresca ela estará.
Benefícios: ação antioxidante, atua na prevenção de várias doenças crônicas e é importante para o bom funcionamento da tireoide.
Originárias do continente africano, no rio Nilo, a tilápia foi introduzida
na América do Norte e na América do Sul, sendo comum no
sudoeste dos Estados Unidos e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil,
principalmente em rios e lagos do Rio Grande do Sul, São Paulo e
Minas Gerais. Criada em cativeiro alcança até 35 cm de
comprimento.
Habitat: rio (África, América do Norte e América do Sul).
Nutrientes de destaque: fósforo, ômega 6, potássio, selênio e
vitamina A.
Como escolher: observe a aparência geral do peixe, que deve estar
sem manchas, furos ou cortes na superfície. As escamas devem
estar bem firmes e resistentes. Alexandre dos Santos,
sócio-proprietário da NSA Pescados, de São Paulo, explica que os
peixes de carne branca, quando comprados em filés ou postas, não
podem estar escurecidos. "A carne deve estar bem branca e
brilhante", avisa.
Benefícios: atua na saúde de ossos e dentes, tem ação
antioxidante e auxilia a regeneração de tecidos e músculos. "O
ômega 3 é importante para a manutenção de níveis saudáveis de
triglicerídeos no sangue", explica o farmacêutico-bioquímico Thomas
Prates Ong.
Peixe territorial, voraz e agressivo, a traíra come tudo o que está ao
seu alcance, incluindo alevinos da própria espécie. Chega a ter 70
cm de comprimento e a pesar mais de 2 kg. Os dentes afiados e as
escamas muito lisas exigem habilidade de pescadores de anzol para
prevenir ferimentos. Devido aos muitos acidentes que o peixe
provoca em pescarias, “traíra” virou sinônimo de pessoa traiçoeira.
Habitat: rio (é um dos peixes mais encontrados no Brasil, em todas
as regiões; além de rios, habita lagos, represas, ribeirões e
córregos).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo e vitamina D.
Como escolher: observe a aparência geral do peixe: pele brilhante
e olhos ocupando a cavidade ocular. Verifique se a membrana que
reveste a guelra está rígida: deve oferecer resistência à abertura.
Benefícios: mantém a saúde de ossos e dentes, regula a pressão
sanguínea e auxilia no processo digestivo.
Exigente, a espécie sobrevive apenas em águas puras, correntes,
cristalinas e bem oxigenadas, com temperatura entre 13 e 17ºC.
Isso faz da truta um dos peixes cujo consumo representa os
menores riscos de contaminação.
Habitat: rio (originária do Hemisfério Norte, Estados Unidos e
Canadá, foi introduzida no Brasil em 1949, em rios dos planaltos
das regiões Sudeste e Sul).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo, ômega 3, potássio,
selênio e vitamina A.
Como escolher: observe se as escamas estão bem presas à pele.
As guelras devem estar úmidas e de cor rosada, quase vermelha.
Olhos brilhantes e sem manchas são essenciais.
Benefícios: atua na saúde de ossos e dentes, favorece a
regeneração de tecidos e auxilia em processos digestivos e nas
contrações musculares após atividades físicas muito intensas. Uma
pesquisa realizada em abril deste ano na Northeastern University,
em Boston, EUA, e publicada no American Journal of Clinical
Nutrition, revelou que idosos que comem grandes quantidades de
peixe preservam a densidade mineral óssea por mais tempo, pois
ingerem boas quantidades de cálcio e ômega 3.
Terceiro maior peixe da região amazônica (o primeiro é o pirarucu),
chega a medir 80 centímetros e a pesar 15 quilos. De hábitos
diurnos, é o único peixe da Amazônia que persegue a presa: ao
iniciar o ataque, não desiste até conseguir capturá-la.
Habitat: rio (Bacia Amazônica).
Nutrientes de destaque: cálcio, ferro, fósforo, potássio, vitaminas
do complexo B e vitamina D.
Como escolher: as guelras devem ser brilhantes, avermelhadas e
sem muco. A face interna das guelras deve estar brilhante e os
vasos sanguíneos, cheios e fixos.
Benefícios: favorece a saúde de ossos e dentes, facilita o
transporte de oxigênio e estimula a formação de glóbulos vermelhos
no sangue. Além disso, "os peixes da água doce possuem maior
concentração de vitamina D em comparação aos peixes de água
salgada", explica a nutricionista e pesquisadora Dulce Lopes
Barboza Ribas.
Peixe da família da carpa, o vermelho habita os mares – e não rios e lagos. Prefere viver em águas mais profundas, onde a rica fauna de espécies menores e
a vegetação formam a base de sua alimentação.
Habitat: mar (oceano Atlântico, em águas profundas e próximas a fundos rochosos ou recifes).
Nutrientes de destaque: cálcio, fósforo, iodo, ômega 3, vitaminas do complexo B e zinco.
Como escolher: verifique se a carne está firme e consistente. Os olhos devem ser transparentes e brilhantes, ocupando completamente as órbitas. As guelras
devem estar vermelhas e úmidas.
Benefícios: contribui para a manutenção da massa óssea, fortalece o sistema de defesas do organismo e auxilia a fabricação do material genético. "O iodo de
origem marinha é um mineral importante, que promove o adequado funcionamento da glândula tireoide", explica a nutricionista Maria de Fátima Nunes
Marucci.
*Agradecimento: NSA Pescados