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Sexta, 04 de junho de 2004, 19h47
Harry Potter 3 é o mais legal!!!

 © Disney
Cena de Harry Potter 3
 
Depois de um ano de intervalo, chega enfim o terceiro filme da série Harry Potter. Intitulado Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, o longa era esperado não só pelos pottermaníacos, mas também por todos aqueles que queriam vislumbrar como a troca de diretor afetaria - ou não - a série.

Veja o trailer do filme
Veja cenas de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Fotos: elenco lança filme
Saiba mais sobre o filme!

E Alfonso Cuarón, que substituiu Chris Columbus na direção, mostrou isso logo nos primeiros minutos. O filme começa com Harry Potter preso e isolado na casa de seus tios "trouxas" (aqueles que não são bruxos). A família então recebe a visita de Tia Guida, uma senhora chata e insolente. O menino perde a paciência quando ela o insulta e ele a faz sair pelos céus de Londres como um balão.

A cena com a velhinha inchando sem parar é exagerada e bem construída, com boas pitadas de humor, transformando o Primo Duda em um tonto ao ser surrado pelos botões da blusa da gorducha.

Cuarón, no entanto, não se preocupa em seguir fielmente nem a ordem do livro nem todos os acontecimentos. Não se prende a detalhes, mas à riqueza dos personagens e do ambiente. O clima muito mais sombrio mostra que Harry e seus amigos terão muitos problemas em seu terceiro ano em Hogwarts.

Logo na chegada à escola, o bruxinho descobre que Sirius Black, um perigoso criminoso, fugiu de Azkaban, a prisão de segurança máxima dos bruxos. Para piorar, Sirius é tido como o braço-direito de Voldemort, o inimigo número 1 de Harry, e que está rondando a escola para matá-lo.

Como se não bastasse, a escola foi cercada pelos Dementadores, guardas especiais da prisão de Azkaban que infernizam e aterrorizam a todos, mexendo profundamente - e principalmente - com Harry. Cuarón acha aí a medida para desenvolver psicologicamente cada personagem. Harry, que acaba de completar 13 anos, está cheio de dúvidas e medos. Sem saber porque desmaia toda vez que um dementador se aproxima dele, o menino pensa que tem algum problema ou que é incapaz de lidar com as adversidades.

Neste ponto, J.K. Rowling colabora com Cuarón. Desta vez, Harry não se encontra frente-a-frente com o Lord Voldemort, mas passa um ano inteiro lutando contra a falta de confiança em si mesmo, com seus medos interiores e com a falta de uma família para dividir seus problemas.

O mexicano Cuarón, que dirigiu E Sua Mãe Também, faz mudanças consideráveis no cenário de Hogwarts, tornando tudo mais sinuoso, escuro, perigoso e mágico. Novos personagens e o talento de veteranos como Gary Oldman (como Sirius Black) e o irretocável David Thewlis (na pele do Professor Lupin, o mestre de Magia Contra a Arte das Trevas), ajudam a contar a história sem perder o dinamismo que o roteiro pede.

Se por um lado Rowling colabora para o aprofundamento dos personagens, por outro o filme se tornaria monótono sem as intervenções de Cuarón. O diretor é prático: corta cenas onde Harry teria que carregar seu gigantesco malão e a coruja Edwiges ou uma trabalhosa partida de Quadribol (o jogo preferido dos bruxos), aumenta e apimenta cenas de aventura, como a do passeio do bruxinho no Nôitibus Andante, e até inventa outras, como a luta entre um cão e um lobisomem. No entanto, fez muita falta o jogo de Quadribol em que Harry e sua turma são campeões de Hogwarts com a poderosa Firebolt - o último modelo de vassouras - e as primeiras trocas de olhares e palavras entre Harry e Cho, a chinesinha que se tornará sua namorada nos próximos anos.

Os astros mirins da série também não fazem feio. Rupert Grint (Rony Weasley), que faz o inseparável amigo de Harry, perdeu o ar ingênuo. Emma Watson (Hermione Granger), a inteligente e arrogante bruxinha, está mais madura e atuante. Por fim, Daniel Radcliffe, que faz o astro da série e corre o risco de perder o posto nos próximos filmes porque tem crescido muito, mostrou que evoluiu junto com seu personagem. O ator consegue traduzir ao espectador as dificuldades do que é ser um adolescente, mas também a felicidade que é cada nova descoberta.

Para os pottermaníacos, mexer em algumas cenas e mudar a ordem de outras pode ser um verdadeiro sacrilégio, mas fica o desejo, mais sincero desta vez, de ver todo o mundo mágico de Rowling transportado para as telonas.

Silvia Marconato / Redação Terra

 
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