Uma exibição especial de Harry Potter e a Pedra Filosofal foi recebida por um pequeno grupo de manifestantes de um lobby norte-americano que acusa a Coca-Cola de patrocinar o filme para promover refrigerantes destituídos de valor nutritivo junto ao público infantil.

"O interesse na leitura gerado por Harry Potter é ótimo", disse Michael Jacobson, diretor executivo do Centro de Ciência no Interesse Público (CSPI), com sede em Washington. "O que não é ótimo é o uso que a Coca-Cola fez desse fenômeno literário para vender junk food a crianças".

Em fevereiro, a Coca-Cola, maior empresa mundial de refrigerantes, assinou com a AOL Time Warner Inc. uma parceria no valor de 150 milhões de dólares pela qual se tornou a única parceira mundial de marketing do filme da Warner Bros., baseado nos populares livros da autora J.K. Rowling sobre o personagem Harry Potter.

Como parte de sua campanha, a Coca-Cola prometeu doar 18 milhões de dólares para campanhas de alfabetização.

"Caracterizar nosso patrocínio do filme e promoção da leitura como sendo incorretos e deixar subentendida uma ligação negativa com a saúde infantil significa deixar o mais importante de lado em nome do sensacionalismo", disse no domingo a porta-voz da Coca-Cola, Susan McDermott.

O CSPI, um grupo sem fins lucrativos voltado a questões de saúde e meio ambiente, lançou no mês passado uma campanha para chamar a atenção pública para o acordo com a Coca-Cola, dizendo que buscava "proteger a saúde das crianças".

Jacobson criou um site (https://www.SaveHarry.com/) no qual convida os fãs de Harry Potter a se unirem a ele para apelar a Rowlings para que "salve Harry" de ligações futuras com a Coca-Cola, e para que doe os direitos autorais que receberá sobre o acordo atual a campanhas voltadas a uma melhor nutrição infantil.

Jacobson alegou que o aumento do consumo de refrigerantes nos últimos 25 anos ajudou a elevar os índices de obesidade nos Estados Unidos.
Fonte: Reuters

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